Campanha Nacional: negociação sobre saúde e segurança continua nesta quinta
As rodadas de negociação da Campanha Nacional Unificada 2010 foram retomadas. Na quarta-feira 1º, integrantes do Comando Nacional dos Bancários e da federação dos bancos (Fenaban) retornaram aos debates sobre questões de saúde.
O grave problema de assédio moral que tanto atormenta a categoria permaneceu na pauta e deve continuar em discussão nesta quinta-feira 2, quando tem negociação durante todo o dia.
“Estamos trabalhando pela construção de uma cláusula para a Convenção Coletiva que finalmente preveja um instrumento para combater o assédio moral nos locais de trabalho”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que integra o Comando.
Segurança
A segurança bancária também entra em pauta nesta quinta-feira.
Uma das principais reivindicações é que os bancários não tenham de transportar as chaves dos cofres das agências. “Nosso objetivo é preservar as vidas dos trabalhadores”, explica a presidenta do Sindicato.
O Comando insiste ainda que os bancos respeitem questões já previstas na legislação específica que rege o setor, como a proibição de transporte de numerário por bancários.
Também está entre as prioridades da pauta entregue aos banqueiros, a assistência aos bancários vítimas de assaltos. “Queremos que os bancos se comprometam a fechar as agências que passam por assalto, enviem psicólogos para atender os trabalhadores e emitam a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Esse documento preserva os direitos dos trabalhadores, junto à Previdência, em caso de adoecimento, o que é bastante comum devido ao estresse pós-traumático decorrente da violência dessas situações”, explica a presidenta do Sindicato, destacando também a reivindicação que trata da obrigatoriedade do Boletim de Ocorrência.
Outro ponto considerado prioritário para melhorar a segurança para bancários, vigilantes e usuários de bancos refere-se aos equipamentos nos locais de trabalho. “Há muitas agências sem porta de segurança e isso aumenta o risco”, explica Juvandia. “Queremos que os bancos assumam um compromisso pela manutenção das portas que protegem as pessoas e podem contribuir para reduzir o número de assaltos.”