Caixas do Santander não têm de vender produto
A situação dos caixas na rede de agências foi o tema central do Grupo de Trabalho (GT) formado por dirigentes sindicais e da Afubesp e representantes do banco, que discute as condições de trabalho no Santander.
Durante a reunião ocorrida nesta sexta-feira 18, os representantes dos trabalhadores voltaram a denunciar que os caixas estão sendo cobrados para que façam venda de produtos aos clientes. “Essa prática é inaceitável, pois provoca uma sobrecarga ainda maior de trabalho levando, muitas vezes, o bancário a cometer erros”, destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Marcelo Sá, que participa do GT.
Os representantes do Santander afirmaram que os caixas não têm de vender produtos e nem ser avaliados por tal tarefa. Para resolver o problema, o banco se comprometeu a enviar comunicado interno com essa determinação aos gestores.
“Não concordamos que esses bancários tenham de vender produtos e caso a cobrança persista, os funcionários têm de denunciar ao Sindicato para que possamos cobrar a empresa”, diz Marcelo.
Reuniões nas agências – Outra reclamação dos funcionários das agências levada pelo Sindicato ao GT são as reuniões que acontecem diariamente. Uma medida que tem causado grande insatisfação entre os bancários, pois muitas são realizadas antes ou após a jornada de trabalho, com o agravante de alguns gestores praticarem o assédio moral, cobrando o cumprimento de metas.
Embora o banco tenha se negado a suspender as reuniões, ele assumiu o compromisso de que elas só poderão ocorrer dentro da jornada de trabalho, assegurando que serão pagas horas extras caso haja extrapolação do expediente normal. Além disso, os gestores passarão por cursos para tentar evitar o conflito no local de trabalho.
“Vamos continuar insistindo que o banco reveja esse procedimento. Os bancários se queixam muito das reuniões. Além disso, orientamos que as pessoas jamais deixem de assinar normalmente seu ponto para assegurar o recebimento de horas extras caso a reunião extrapole a jornada”, acrescenta Marcelo.
Seeb SP