Selic: alta mostra falta de bom senso da equipe econômica
Seguindo as previsões de mercado, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou, na tarde de ontem, a taxa básica de juro, passando-o de 16,25% para 16,75% ao ano.
A decisão foi por unanimidade e teve como justificativa uma provável alta da inflação, motivada pelo preço do petróleo em patamares elevados e a recuperação da economia brasileira, com reflexos diretos na renda do trabalhador.
De acordo com matéria publicada no Folha On Line, em setembro, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,33%, abaixo do registrado em agosto (0,69%), mas no acumulado do ano o aumento de preços está em 5,49%. A meta da inflação é de 5,5% nesse ano, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Para 2005, a meta é de 4,5%.
Na avaliação do presidente da FETEC/CUT-SP, Sebastião Geraldo Cardozo, elevar a taxa básica de juros para conter a inflação é política equivocada. “Falta bom senso ao Copom, ao Banco Central e ao Ministério da Fazenda. Enquanto o país precisa crescer, eles adotam política recessiva, penalizando o cidadão comum.”
Para o dirigente, não adianta o governo adotar diversas ações na área social e ao mesmo tempo barrar a economia toda vez que ela se mostra aquecida. “Não se pode fazer do Bolsa-Família e tantos outros programas na área social fórmula para a vida inteira. O governo tem de dar condições para que as pessoas se libertem da pobreza e que progridam por si só”, avisa Cardozo.
fonte: Lucimar Cruz Beraldo – Fetec/CUT-SP






