Número dois do Santander, Alfredo Sáenz, é réu na Espanha
Braço direito de Emilio Botín é acusado de cobrar empréstimos que não foram contraídos quando era do banco Banesto
Alfredo Sáenz, executivo-chefe do Santander e braço direito do presidente-executivo Emilio Botín, pode ser obrigado a se demitir do banco espanhol por decisão judicial.
O segundo homem em importância no Santander é réu em um processo que se arrasta por mais de 15 anos na Justiça espanhola. Esta semana, o jornal espanhol El Mundo divulgou que o Supremo Tribunal rejeitou recurso contra a condenação de Sáenz em dezembro de 2009, por fazer falsas acusações quando dirigia o banco Banesto. O Tribunal, no entanto, ainda não tornou público seu veredicto.
Sáenz, junto com outros executivos do Banesto, é acusado de tentar obrigar acionistas do grupo Harry Walker a pagar empréstimos no valor de 3,8 milhões de euros (US$ 5 milhões) alegando falsamente que eles teriam garantido os créditos. O caso teria acontecido depois que o banco central assumiu o controle da instituição em 1993, e os executivos estavam tentando restaurar suas finanças.
A condenação de Sáenz prevê como punição uma sentença de prisão de oito meses, com efeito suspensivo, uma multa e a proibição de trabalhar no setor bancário.
Acredita-se que Sáenz, caso seu apelo à Suprema Corte seja rejeitado, apelará ao Tribunal Constitucional, que é uma instância superior. O Santander, maior banco da zona do euro em capitalização de mercado, não quis comentar o caso.
Seeb SP com informações do Financial Times e do El Mundo