Encontro em Ribeirão Preto: analisar e decidir sem pressa ou pressão
Dirigentes da Afubesp levaram informações aos colegas da cidade sobre Banesprev e Cabesp
Em mais uma reunião com banespianos para discutir as questões de Banesprev e Cabesp, os diretores da Afubesp Walter Oliveira, Rita Berlofa (também diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo) e Wagner Cabanal, além da companheira Salime Maria Couto, candidata à Diretoria Administrativa do Banesprev, estiveram na quarta, 9 de fevereiro, em Ribeirão Preto. No encontro, colegas aposentados e da ativa ouviram explicações sobre a atual gestão do Fundo, problemas na caixa beneficente, ações das entidades sindicais para enfrentar o Santander, e puderam também tirar dúvidas sobre aposentadoria e benefícios.
Questionado sobre quais as ações concretas da Afubesp para resolver a questão do déficit do Plano II, Oliveira lembrou que a associação já conseguiu que as decisões sobre quem pagará por isso, e de que maneira, fossem adiadas para 2012. “Até lá temos tempo de nos organizarmos e lutarmos para que o banco pague o serviço passado e ainda buscar, paralelamente, outras possíveis soluções”, disse.
Muitos banespianos de Ribeirão Preto disseram que foram pressionados a optar pelo Plano III e que agora se sentem prejudicados. “É exatamente para não tomarmos atitudes precipitadas, que prejudiquem os participantes do Plano II, que insistimos tanto em adiar as decisões que, de outro modo, teriam sido definidas numa assembleia extraordinária em dezembro passado”, comentou o dirigente.
“Somente com a união em torno de ideias dos participantes de todos os planos, de todas as tendências políticas, ativos e aposentados, não ficaremos a mercê dos ‘conquistadores’ do Santander”, disse Salime.
“Para enfrentar esse banco presente em mais de 140 países, precisamos ainda estar ao lado de outros sindicatos e centrais nas Américas e na Europa, usando de estratégia e inteligência em ações multinacionais como a campanha na Copa Libertadores em que exigimos respeito a nossos países e nossos povos”, completou Rita.
Quanto a Banesprev e Cabesp, Rita alertou que não devemos contar apenas com a luta por nossos direitos nos tribunais. “É preciso que façamos também a luta sindical”, afirmou. “Dizem que o Banesprev tem R$ 9 bilhões, mas esse dinheiro na verdade pertence a todos nós, participantes dos planos do Fundo, por isso é tão importante elegermos representantes que briguem por esse patrimônio”, esclareceu Oliveira.
Cabesp
“A Cabesp tem R$ 4,5 bilhões em caixa, mas a qualidade do serviço e o número de médicos e clínicas credenciadas tem caído, mesmo assim teve plano com aumento de 14% nas mensalidades”, denunciou Cabanal. “Por isso estamos há anos cobrando a diretoria e conseguimos aumentar a rede em diversas cidades”.
Por Vinícius Souza






