Dica cultural: A força do feminino e da ancestralidade na exposição “Ònà Irin: caminho de ferro”, no Sesc Belenzinho
Inspirada nos balangandãs, os adornos criados por mulheres negras durante o período da escravidão, a artista baiana Nádia Taquary apresenta a exposição Ònà Irin: caminho de ferro, no Sesc Belenzinho, em São Paulo. A mostra reúne 22 obras de diferentes fases da carreira da artista, entre esculturas, instalações e videoinstalações, que homenageiam o orixá Ogum, o sagrado feminino e a resistência ancestral.
Os balangandãs, também chamados de balançançan ou barangandãs, eram joias de ouro e prata usadas no corpo como símbolo de força, fé e, muitas vezes, como forma de guardar valores que seriam uma espécie de “economia corporal” das pessoas escravizadas em busca de liberdade.
A exposição faz parte da pesquisa que a artista desenvolve desde 2010 sobre joalheria afro-brasileira e o protagonismo negro nesse campo. Com elementos que remetem à tradição iorubá e à estética africana, Nádia combina memória, religiosidade e arte contemporânea para reafirmar o papel feminino na reconstrução da identidade afro-brasileira.
Além da mostra no Sesc Belenzinho, Nádia também participa da 36ª Bienal de São Paulo, com a obra Ìrókó: Árvore Cósmica, em exibição no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera.
Serviço
Exposição: Ònà Irin: caminho de ferro, de Nádia Taquary
Local: Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho – São Paulo
Período: Até 22 de fevereiro de 2026
Horários: Terça a sábado, das 10h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Informações: (11) 2076-9700 ou sescsp.org.br/belenzinho
Afubesp, com informações da Agência Brasil
Foto: Divulgação/Sesc







