Crise aumenta calote a bancos na Espanha
Empréstimos de difícil recuperação chegaram a 8,2% em fevereiro, nível mais alto desde 1994
Madri – Os empréstimos de difícil recuperação dos bancos espanhóis subiram em fevereiro ao nível mais alto desde outubro de 1994, para 8,2% de suas carteiras, segundo dados do Banco da Espanha divulgados na quinta-feira, dia 18.
Os bancos estão enfrentando uma nova onda de calotes enquanto a crise econômica se aprofunda e analistas afirmam que alguns podem não sobreviver conforme o governo implementa cortes de orçamento que se somarão aos problemas das famílias em quitar suas dívidas.
Os empréstimos de difícil recuperação cresceram 3,8 bilhões (US$ 4,99 bilhões) para 143,8 bilhões em fevereiro sobre o mês anterior. Em janeiro, eles totalizavam 7,9% da carteira de crédito.
A situação, motivada pelo colapso do boom imobiliário que se seguiu à crise global de 2008, está no cerne dos problemas dos bancos espanhóis, que têm tido seus pedidos de empréstimo recusados por outras instituições, forçando alguns deles a recorrer a financiamento do Banco Central Europeu (BCE).
A taxa de desemprego da Espanha é a maior da União Europeia e deve subir mais, colocando mais pressão sobre consumidores e famílias.
Na terça-feira, o Banco da Espanha aprovou todos os planos de 135 bancos espanhóis de ampliação de capital, mas informou que alguns deles podem enfrentar dificuldade para cumprir as exigências mais duras cobradas pelo governo./ DOW JONES NEWSWIRES
O Estado de S.Paulo – Dow Jones Newswires






