Bancários distribuem carta aberta à presidenta mundial do Santander

Nesta terça-feira 13 na Torre, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região aproveitou a presença no país da presidenta mundial do Grupo Santander, Ana Botín, para realizar atividade lúdica e distribuir carta aberta na qual cobra melhores condições de trabalho fim das demissões compulsórias, liberdade sindical e responsabilidade social por parte do banco espanhol.

“Presente em mais de 50 países, a unidade do Santander no Brasil é a mais lucrativa e a única que demite todos os dias seus trabalhadores. E para piorar, essa política de demissões atinge bancários prestes a se aposentar ou adoecidos”, indaga a diretora da Afubesp e do Sindicato dos Bancários Maria Rosani.

Uma das reivindicações destacadas por Rosani é a mudança no plano de saúde que tem onerado os funcionários. “Os bancários têm pago altos valores de coparticipação para cuidar da saúde, saúde essa precarizada pela pressão no local de trabalho.”

A dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias explica que o banco tem implementado mudanças no dia a dia do trabalhador sem negociar com o movimento sindical. “Reivindicamos que as negociações sejam respeitadas, porque muito se fala e pouco se resolve. Somos responsáveis por 26% do lucro mundial e, no entanto, nossas condições de trabalho são inferiores as condições de trabalho da matriz espanhola.”

Segundo a dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e bancária do Santander, Wanessa Queiroz, a atividade lúdica faz com que “o bancário reflita sobre seus direitos, a luta do sindicato para mantê-los e, principalmente, faça com que os trabalhadores participem e fortaleçam a atuação sindical.”

Festa meritocrática – Durante o ato, o sindicato reivindicou também a participação de todos funcionários na festa de final de ano da empresa. Mesmo com a projeção de lucro recorde para 2018 – o lucro líquido gerencial nos primeiros nove meses totalizou R$ 8,993 bilhões –, o Santander pretende economizar na comemoração e deixar de fora milhares de trabalhadores responsáveis pelo expressivo resultado. Em comunicado enviado aos funcionários, o presidente do banco, Sergio Rial, diz que a festa de fim de ano será no dia 1º de dezembro, com a participação de até 5.000 funcionários e que adotará a meritocracia ilusória como forma de seleção dos convidados.

Confira a carta na integra:

Afubesp