Greve arranca nova negociação com bancos
Nova rodada hoje às 16h. Enquanto isso, paralisação continua forte em agências e centros administrativos pressionando por proposta decente
A forte greve dos bancários arrancou dos bancos uma nova rodada de negociação. Após a assembleia organizativa da categoria, às 19h08 da segunda-feira, 14º dia de greve, a federação dos bancos enviou mensagem via e-mail à coordenação do Comando Nacional dos Bancários marcando a reunião para hoje, às 16h, em São Paulo. Dirigentes sindicais de todo o Brasil já se deslocam para participar.
“De nossa parte estamos fazendo todos os esforços para essa negociação acontecer e ser produtiva. Mas a greve continua e tem de permanecer forte até que tenhamos certeza de uma proposta decente, digna, que mereça ser analisada pelos trabalhadores”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando.
Por isso, em todo o Brasil, a mobilização segue. Em São Paulo, Osasco e região agências de norte a sul continuam paradas. Também em greve os centros administrativos Casa 1 e 3 e Vila Santander; Bradesco Financiamento, Telebanco Santa Cecília, Prime no Prédio Paulista, Núcleo Alphaville e Nova Central; Itaú BBA na Faria Lima, CA Brigadeiro, CA Pinheiros, CAU, CAT, CTO e ITM; Complexo Verbo Divino e Complexo São João do Banco do Brasil; Prédio Brás da Caixa Federal.
E a proposta que os bancários esperam receber, os bancos sabem muito bem como é: aumento digno para salários, piso, PLR e vales; garantia para os empregos e para melhorar as condições de trabalho.
A pauta da categoria foi entregue em 11 de agosto e foram realizadas cinco rodadas sem qualquer acordo em relação ao índice de reajuste e demais reivindicações.
No dia 25 de setembro os bancos apresentaram proposta de 5,5% – que representa perda de 4% – mais abono pago uma só vez no valor R$ 2,5 mil. Assembleias realizadas em todo o país rejeitaram a proposta e a greve nacional teve início em 6 de outubro.
“Chegamos ao 15º dia de uma greve muito forte que poderia ter sido evitada pelo setor que está entre os que mais lucra no Brasil. Esperamos que eles realmente venham para a mesa de negociação dispostos a reconhecer o valor dos bancários que sabem se dedicar no dia a dia das agências e departamentos, e provaram, mais uma vez que também sabem se mobilizar e estão firmes na luta.”
Seeb SP






