Bandeprev: Usuária denuncia falta de acessibilidade na transferência para a SantanderPrevi
A denúncia de Dione Figueroa, 70 anos, participante da Bandeprev e pessoa com deficiência visual, expõe um problema grave no processo de incorporação do fundo de pensão pela SantanderPrevi, a previdência complementar dos funcionários do Santander, criticada por sua governança restrita: a ausência de acessibilidade e o risco de ruptura no atendimento aos aposentados, especialmente pessoas idosas e com deficiência.
A proposta do Santander prevê a transferência da gestão da Bandeprev, – a entidade de previdência complementar fechada dos ex-funcionários do extinto Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe) – para São Paulo, distante da realidade dos participantes, a maioria reside em Pernambuco e muitos com limitações digitais. Para Dione, isso significa perder o pouco acesso que ainda possui.
“Aqui já é difícil. Se for transferido para São Paulo, vai ficar impossível. Vamos depender de um 0800, de uma turma que não tem boa vontade. Estou me sentindo abandonada”, lamenta. Ela denuncia que o site oferecido para o recadastramento anual não possui ferramentas de acessibilidade, impedindo sua autonomia. “Se o banco não me dá acessibilidade, então a deficiência não é minha, é do banco.”
>>> Um alerta: SantanderPrevi dá início à incorporação do Bandeprev
>>> Até o final de 2017, o Santander não respeitava nem o mínimo de representação dos participantes na SantanderPrevi
O alerta, divulgado em outubro pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, evidencia que a mudança da sede física e a centralização do atendimento em São Paulo não são apenas mudanças administrativas, são violações concretas dos direitos dos participantes.
A Afubesp acompanha a situação e é solidária aos colegas da Bandeprev, ressaltando que esse é um aviso importante das consequências dos ataques do Santander aos fundos de pensão do conglomerado, incluindo o Banesprev. Essas medidas ameaçam a governança do fundo, ameaçam o atendimento humanizado e a proteção dos aposentados.
Assista ao vídeo abaixo:







