VITÓRIA CONTRA FUNDAÇÃO CABESP COMPLETA SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO
Os banespianos comemoram, nesta quinta, 12 de outubro, o primeiro aniversário de um movimento vitorioso que vai ficar definitivamente na memória dos associados da Cabesp: a suspensão da assembléia que propunha a criação da fundação.
“A resistência do funcionalismo em aceitar a cassação de seus direitos de sócios/donos da caixa de assistência foi a grande responsável pela preservação da Cabesp”, diz o diretor administrativo eleito, Antonio Carlos Conquista.
Na opinião de Luércio Rodrigues, diretor da Afubesp, todo o terrorismo praticado à época pelos prepostos da diretoria da Cabesp, caiu por terra. Tanto os diretores indicados, Prupest e Shenjiro, como os representantes eleitos da gestão anterior, André Von Zuben e Argemiro Pazianoto, diziam que a criação da fundação seria a única maneira de proteger a caixa para um cenário de privatização. “Até o edital do leilão divulgado pelo governo desmente aquela versão ao incluir uma cláusula que garante a manutenção dos benefícios por 60 meses”, diz o diretor, esclarecendo, porém, que o edital apresenta problemas. “No momento oportuno iremos questionar judicialmente as irregularidades que encontramos. Diga-se de passagem, essa prerrogativa não existiria hoje se os funcionários tivessem aprovado o projeto de fundação”, acrescenta.
O diretor financeiro eleito, Paulo Salvador, recorda que a memorável jornada para barrar a fundação mexeu com o brio dos banespianos. “Percorremos centenas de unidades para esclarecer as armadilhas da proposta e apresentar as sugestões das entidades de representação”, observa o dirigente. “Conseguimos, ao mesmo tempo, impedir o avanço dos privatistas e agregamos novos companheiros na luta contra a entrega do banco.”
Do que os associados escaparam. O projeto de fundação retirava o poder de decisão sobre custeio e benefícios da entidade das mãos dos associados que que seria transferido a um grupo de apenas 18 pessoas, o colegiado– composto pelo Conselho Curador, Conselho Fiscal e Executiva. De fato, só o banco teria poder de decisão.
Ao rejeitar a proposta de fundação, os associados preservaram o direito de participarem das decisões referentes à gestão dos recursos destinados à sua saúde.
Hoje, a aprovação de qualquer alteração na Cabesp depende da concordância, em assembléia ou por meio de plebiscito, de 50% + 1 dos sócios, ou seja, de 18.963 associados, no mínimo.
fonte: AFUBESP