Vigilantes do Santander não têm rendição para almoço
O Santander continua reduzindo investimentos em segurança para aumentar ainda mais os seus lucros. Nas agências de Porto Alegre, o banco ainda não retomou o procedimento de rendição para o horário de almoço dos vigilantes. Sem a contratação de substitutos, as unidades ficam com menos vigilantes, mais inseguras e expostas ao risco de assaltos.
Os trabalhadores são empregados da Vigilância Pedroso. Noutros bancos privados, eles têm rendição nos intervalos para alimentação e, com isso, as unidades não ficam desprotegidas.
O problema foi denunciado no último dia 8 de agosto pelo SindBancários e objeto de reivindicação junto aos representantes do banco. “Além da rendição, o Santander tinha cortado o horário de almoço, o que gerou revolta entre os vigilantes e preocupação nos bancários”, afirmou o diretor do SindBancários, Ademir Wiederkehr.
Fruto da ação do Sindicato, o intervalo para almoço foi restabelecido. “O banco tem de garantir a volta da rendição na hora de almoço para não prejudicar a segurança das unidades”, reivindica o dirigente sindical.
Diversos vigilantes já receberam coletes à prova de balas, mas não todos. O procedimento está previsto em portaria da Polícia Federal. O SindBancários reivindica a aquisição de coletes para todos os vigilantes, visando o atendimento da recomendação policial e o fortalecimento na segurança das unidades. A maioria dos bancos já forneceu coletes para os seus vigilantes.
“Além disso, há casos de unidades, como o posto da Ulbra, no centro da capital gaúcha, que possui apenas um vigilante, quando o número mínimo é de dois, conforme a lei federal nº 7.102”, denuncia Ademir. O banco corre o risco não somente de assaltos mas de ser autuado e multado pela Polícia Federal. Tem ainda unidades onde trabalhavam três vigilantes e o número foi reduzido para dois, prejudicando a segurança.
“Em 2007 já ocorreram 118 ataques a bancos no Estado, dos quais 45 em Porto Alegre, incluindo agências do Santander”, alerta o dirigente sindical. “Com o lucro de R$ 1,002 bilhão no primeiro semestre no Brasil, o equivalente a 10% do lucro mundial, o Santander tem condições de aplicar mais recursos na prevenção de assaltos e seqüestros”, salienta o sindicalista. “Gastar dinheiro em segurança não é custo, mas sim investimento na proteção da vida”, conclui.
fonte: SindBancários