Vexame da seleção “afunda” campanha publicitária do Santander Banespa
Redação
Postado em 5 de julho de 2006
A derrota da seleção brasileira de futebol para a equipe francesa, por 1 a 0, além de provocar muita tristeza na torcida, trouxe grande dor de cabeça para empresas que, como o Santander Banespa, vinham utilizando a imagem (até então vencedora) dos craques canarinhos para reforçar suas marcas no país.
Ao investir suas fichas em uma milionária campanha de mídia – o próprio Santander Banespa informou que gastaria US$ 100 milhões em comunicação este ano –, tendo como garotos-propaganda os jogadores Cafú, Roberto Carlos, Kaká, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Robinho, o grupo espanhol revelou-se um tremendo “pé frio”.
Justa ou injustamente, Roberto Carlos e Cafú perdem somente para o técnico Parreira no quesito “culpados pela desclassificação do Brasil”. Kaká e Ronaldinho Gaúcho foram duas decepções e Ronaldo, antes o “Fenômeno”, ganhou da torcida o epíteto de “gordo” – virou o Ronaldo “Gorducho”. O único que se salvou foi Robinho, pois nas poucas vezes em que esteve em campo melhorou o time e mostrou raça.
Com um balanço tão negativo da participação dos jogadores que se diziam clientes do “melhor banco do mundo”, não resta outra alternativa ao grupo espanhol a não ser retirar sua campanha de mídia de campo, antes que o “distinto público” comece a pensar: “se nossos craques não são os melhores do mundo, como diziam, talvez o banco também não seja…”.
Diversos jornais informaram ontem, dia 4, que a ordem para retirar o material de propaganda com os jogadores da seleção já foi dada. No Jornal da Tarde e O Estado de S.Paulo aparecem fotos dos cartazes sendo retirados de unidades do Santander Banespa.
Compreensivelmente, o banco procura desvincular sua imagem dos “melhores jogadores do mundo”. Entretanto, para os dirigentes sindicais e os funcionários do grupo, que sentem na pele a pressão insuportável para o cumprimento de metas, o assédio moral e o desrespeito para com a jornada de trabalho e os outros direitos trabalhistas, o futebol medíocre apresentado pela seleção na Alemanha é o que melhor representa a real imagem do banco. O resto é puro marketing.
fonte: Airton Goes – Afubesp
