Trabalhadores gaúchos tomam as ruas em defesa dos direitos e contra a emenda 3
A CUT-RS, juntamente com demais movimentos sociais, tomou as ruas de Porto Alegre e realizou na quarta-feira, dia 23, a terceira etapa da campanha pela manutenção dos direitos e conquistas dos trabalhadores e contra a emenda 3. Também foi manifestada a defesa de um piso salarial regional que dialogue com a valorização do trabalho, a necessidade de oxigenação da economia e a retomada do desenvolvimento no Estado.
Na capital gaúcha, assim como nas maiores cidades do interior do RS, tais como Pelotas, Caxias, Passo Fundo, Santa Maria, Erechim, Santa Rosa, Palmeiras das Missões, entre outras, milhares de trabalhadores foram às ruas lutar pelos seus direitos.
O início da mobilização ocorreu por volta de 10h, em frente ao Hotel Plaza São Rafael, de onde os trabalhadores partiram rumo a FEDERASUL, Secretaria da Fazenda do Estado, UERGS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
A ordem foi uma só: “tirem as mãos dos nossos direitos”. A articulação dos patrões com alguns segmentos da sociedade, a fim de obterem a retirada de direitos trabalhistas, teve mais um capítulo em prosa e mobilização, no qual os trabalhadores deram o seu recado de maneira decisiva: “se mexerem com nossos direitos, é greve geral”.
Para o presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, as manifestações demonstraram que a unidade dos trabalhadores e dos movimentos sociais é fundamental para alcançarmos um avanço nas conquistas e a construção de uma sociedade mais justa.
Woyciechowski destaca que a pauta da defesa dos direitos, rechaçando a emenda 3, defendendo o direito de greve e negociando de modo coletivo com os servidores públicos, aliada à pauta da jornada pelo desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho, reforma agrária, valorização da educação e defesa de uma previdência social pública e universal digna, é o tempero da unidade da classe trabalhadora.
“Não deixaremos que toquem em nossos direitos e exigiremos uma pauta de inclusão baseada no desenvolvimento com valorização do trabalho como forma de distribuição de renda, sendo que o piso regional é fundamental para esse processo. Se necessário vamos a greve geral na defesa dos direitos dos trabalhadores e na exigência de políticas sociais públicas e de qualidade com valorização dos serviços e servidores públicos”, ressalta o dirigente cutista.
fonte: CUT/RS