Trabalhadores cobram correção da tabela do IR
Bancários, metalúrgicos e diversas categorias estarão junto com a CUT e demais centrais sindicais no próximo dia 6 de dezembro, em Brasília, na terceira marcha para cobrar do governo a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento do salário mínimo para R$ 420 em 2007.
A tabela foi corrigida em 18% nos dois últimos anos (10% em 2004 e 8%, em 2005), devido à pressão dos trabalhadores que têm se mobilizado, fazendo passeatas e marchas. Agora, os trabalhadores vão voltar a Brasília para cobrar o compromisso assumido pelo governo de zerar a defasagem em relação à inflação dos quatro últimos anos na tabela. A pressão desta vez será por uma correção de 7,77%.
A luta faz a diferença
A mobilização começou em 2004. No final daquele ano, uma marcha de três dias culminou com uma proposta negociada com ministros de reajustar de R$ 260 para R$ 300 o salário mínimo e de corrigir a tabela em 10%. Já em 2005, a pressão foi encorpada por cerca de 15 mil pessoas, que também marcharam. Desta vez, o salário mínimo passou para R$ 350 e a tabela teve nova correção: 8%.
A correção dos últimos anos foi um avanço porque durante os oitos anos de governo Fernando Henrique Cardoso houve um congelamento injustificável, quando a tabela do IR só foi corrigida uma vez: 17,5%, em 2002, contra um IPCA de 45,8%. De 1996 até dezembro de 2002 a defasagem chegava a 39,5%.
Atualmente, quem ganha até R$ 1.257,12 por mês está isento de pagar qualquer alíquota de I.R. Quem ganha acima deste valor, entre R$ 1.257,13 e R$ 2.512,08, paga alíquota de 15% referente ao salário. E, acima de R$ 2.512,08, a alíquota é de 27,5%.
Para os bancários, uma das categorias que em grande parte é mordida pelo leão do IR, corrigir a tabela significa mais dinheiro no bolso.
fonte: SindBancários, com informações da Contraf-CUT