TODO CUIDADO É POUCO QUANDO SE TRATA DE CABESP
Quanto mais se aprofunda a discussão e análise, mais dúvidas surgem sobre a conveniência da proposta de transformar a Cabesp em fundação. Essa é a opinião do diretor Antônio Carlos Conquista, representante da Afubesp na comissão paritária que tem se reunido para discutir alterações no estatuto da caixa de assistência dos banespianos.
A suspeita de que a proposta seja apenas mais um golpe para facilitar a privatização do Banespa cresceu um pouco mais a partir da declaração do novo presidente do banco ao Jornal do Brasil, no último domingo. O jornal afirma que Eduardo Guimarães disse que o Banespa estava pronto para ser privatizado e colocou a seguinte declaração entre aspas: “ Os ajustes finais que estamos fazendo diz respeito à previdência dos funcionários de antes de 75 e sobre planos de saúde. O restante está ajustado”.
Segundo Conquista, o fato de incluir “planos de saúde” como um dos itens a serem ajustados para deixar o Banespa pronto para privatização deve servir de alerta para os funcionários. “Ora, por que só a proposta de Fundação é considerada boa para eles? Por que a pressa em aprová-la? Para mim está claro que faltam cartas na mesa e nós, funcionários do banco e associados da Cabesp, não podemos entrar nesse jogo sem ver o baralho completo, senão corremos o risco de ficar com o mico”, adverte.
Ele ressalta a importância de os funcionários ficarem atentos e não se deixarem levar pelo discurso fácil e sedutor de que a fundação seria o remédio para todos os males da Cabesp. Lembra também que a Afubesp, Direp e Corep protocolaram na sexta-feira uma proposta de reforma do Estatuto para proteger a Cabesp, que garante os direitos dos associados e o fim da co-participação.
“Nossa recomendação é para que o funcionalismo não baixe a guarda e analise todas as propostas com calma, porque, infelizmente, não podemos nos dar ao luxo de errar nesse momento. E, principalmente, não podemos permitir que sejam suprimidos quaisquer direitos e benefícios que podem significar o fim do controle dos funcionários sobre sua caixa de assistência e uma facilidade a mais para o projeto de privatização”, diz.
fonte: AFUBESP