Terceira rodada de negociação entre COE e Santander é marcada por altos e baixos
A terceira rodada de negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o Santander, ocorrida nesta sexta-feira, dia 9, foi marcada por altos e baixos. Desta vez, foram debatidas as cláusulas já existentes que necessitam de melhorias e algumas demandas novas para inclusão no aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2007/2008.
Durante a reunião, o banco acatou a reivindicação da representação dos funcionários de estabilidade provisória de 120 dias para pais e mães que adotarem crianças de até 12 anos (Cláusula 36). No acordo atual apenas as mães eram contempladas com o benefício em caso de adoção de criança de até 3 anos.
Outro ponto discutido na reunião de hoje foi relacionado às férias (Cláusula 32). A COE reivindicou que a escala deve ser debatida com os funcionários. A direção do Santander não aceitou a inserção desta cláusula no aditivo, entretanto, disse que a orientação passada aos gestores é de que não seja feita nenhum tipo de coação neste sentido.
Os dirigentes sindicais ressaltaram que irão denunciar os gestores que não seguem essa orientação e praticam assédio moral ao impor meses indesejados e obrigar a venda de dez dias de férias. O banco se dispôs a discutir o assunto nas reuniões do Comitê de Relações Trabalhistas.
Sobre a Liberação Remunerada Pré-Aposentadoria (Cláusula 40), conhecida como pijama, houve só negativas. O banco não quis nem discutir o assunto, alegando que enfrentou mais de mil ações na Justiça de funcionários que chegaram a se beneficiar da cláusula.
Apesar da insistência da COE em pedir isonomia no pagamento de vale-refeição aos funcionários afastados pelo prazo de seis meses, o mesmo de concessão da cesta-alimentação, os representantes da empresa também rejeitaram a proposta.
Ainda foi negada pelo banco a volta da indenização anterior por morte ou incapacidade decorrente de assalto. No acordo coletivo 2004/2006 do Banespa, o trabalhador tinha direito a receber o valor de R$ 127.025,96. O banco disse que seguirá o valor previsto na convenção coletiva, que é de R$ 72.554,39.
A última rodada de negociação está marcada para a próxima quarta, dia 14, quando deverão ser concluídos os debates das novas propostas, entre as quais auxílio educacional, estabilidade pré-aposentadoria de 36 meses e PCS (Plano de Cargos e Salários). Na ocasião, também serão discutidos os termos aditivos da Cabesp e Banesprev e o Programa de Participação nos Resultados (PPR).
Clique aqui para conferir a proposta completa de aditivo entregue ao Santander.
fonte: Érika Soares – Afubesp