Sem acordo, novo mínimo e IR ficam para janeiro
Em reunião ocorrida na quarta-feira, dia 21, em Brasília, ministros, centrais sindicais, governo e representantes dos trabalhadores não chegaram a um acordo sobre o novo valor do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda. Uma nova rodada de negociação está marcada para 11 de janeiro.
Os sindicalistas pedem um reajuste de 13% na tabela do Imposto de Renda e salário mínimo de R$ 400. Entretanto, de acordo com o relator do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), o salário mínimo deverá ficar entre R$ 340 e R$ 350, a partir de 1º de maio do ano que vem.
Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não existe impasse, mas a construção de um processo de negociação. “Na medida em que o Congresso votará o orçamento só no início do ano, marcamos uma reunião para o dia 11 de janeiro com a intenção de fechar as negociações”, disse.
Segundo Marinho, o governo ainda não estipulou nenhum valor para o reajuste do mínimo, a não ser os R$ 321 que consta na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO).
“O governo só anuncia quando o valor estiver fechado. Evidente que há disposição do governo de avançar (nos R$ 321), mas o valor a ser divulgado será o que nós concluirmos no processo de negociação”, afirmou Marinho. O ministro explicou ainda que quando se anuncia um determinado reajuste e ele não é aceito, se torna “um valor queimado, do ponto de vista das negociações”, o que para ele, seria um erro.
No encontro de ontem, que durou quase três horas, participaram os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e da Previdência, Nelson Machado.
Os trabalhadores foram representados pelas centrais CUT, Força Sindical, Central Autônoma dos Trabalhadores, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Confederação Geral dos Trabalhadores e Social Democracia Sindical. Também participou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
fonte: Seeb SP