São Paulo decide manter greve
Nesta sexta-feira, 8, a greve dos bancários da base de São Paulo, Osasco e Região chega ao 24º dia. A continuidade do movimento foi definida em assembléia realizada na tarde de ontem, com a participação de aproximadamente 1.700 trabalhadores. A decisão foi tomada em função da falta de uma nova proposta por parte dos banqueiros.
Na quarta-feira, 7, a Executiva Nacional dos Bancários esteve em Brasília, tentando retomar as negociações com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, mas os bancos públicos empurram para a Federação Nacional dos Bancos a responsabilidade pela negociação. A Fenaban, por sua vez, mantém sua postura de não negociar.
“Os bancários, mais uma vez, deixaram claro que querem encontrar uma saída negociada para o movimento, mas não aceitarão pressão dos bancos para voltar ao trabalho”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. O presidente do Sindicato refere-se a uma proposta de desconto parcelado dos dias parados colocada pela direção do Banco do Brasil em sua intranet. “A proposta tem que ser apresentada oficialmente à Executiva Nacional dos Bancários, para que possa ser apreciada por todos os trabalhadores na assembléia”, completa o dirigente. O texto colocado na rede interna do BB informava que 1/3 dos dias parados seriam abonados, 1/3 seriam compensados e 1/3 seriam descontados, mas sem reflexo em férias e licença-prêmio.
Nova assembléia ocorre nesta sexta-feira, às 14 horas, na quadra dos Bancários (rua Tabatingüera, 192, Sé).
fonte: Airton Goes, com informações do Seeb SP