Santander paga R$ 1 bi por prédio que abrigará sua nova sede no Brasil
Diversos órgãos da imprensa divulgam nesta sexta-feira, 13, que o Santander adquiriu, ao preço de R$ 1,06 bilhão, “o antigo esqueleto da Eletropaulo na avenida Juscelino Kubitschek (zona sul de São Paulo)”.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o prédio, que era “um dos maiores micos do mercado imobiliário brasileiro”, deverá abrigar a nova sede do grupo espanhol no Brasil a partir do início do ano que vem, quando já terá suas operações integradas ao Banco Real.
“O edifício tem 28 andares e ficará num complexo que terá um hotel cinco-estrelas, outra torre de escritórios, um heliponto e um shopping, que se integrará com a butique Daslu”, informa o periódico.
Segundo a direção da empresa multinacional, trata-se do maior projeto comercial do país. O edifício terá uma certificação de “prédio verde”, que respeita a natureza a partir de projetos de uso eficiente de água, energia e exposição solar. “A aquisição desse imóvel é um marco e demonstra a determinação do Santander em investir para que tenhamos um Banco cada vez mais forte e competitivo”, afirma Fabio Barbosa, presidente nomeado do grupo no Brasil.
Para o consultor Luiz Paulo Pompéia, o Santander pagou um preço alto, porém, “razoável” pelo prédio, devido à localização, ao tamanho e à sofisticação do empreendimento. O prédio sai por cerca de R$ 13 mil o metro quadrado. “É um valor bastante razoável para a região, que é uma das mais caras da cidade. O prédio será um AAA [de melhor qualidade no mercado]. É muito difícil conseguir uma área tão grande hoje em São Paulo.”
Em meados dos anos 80, a Eletropaulo decidiu fazer sua sede no terreno ao lado da ponte Cidade Jardim, mas esbarrou em inúmeras dificuldades. Com a previsão de construir duas torres e mais um shopping, o empreendimento tinha um porte correspondente ao dobro do permitido à época, o que obrigava a Eletropaulo a investir em projetos de desfavelização. Devido à qualidade do solo, o prédio demandava reforço extra em suas fundações, o que também encarecia o projeto. O preço acabou inviabilizando a obra, tocada pela Andrade Gutierrez.
Com a privatização da Eletropaulo, em 1998, os novos donos colocaram o prédio em leilão diversas vezes até que o português banco Espírito Santo o comprou por pouco mais de R$ 140 milhões. Apenas em 2006, os portugueses venderam o espaço por cerca de R$ 350 milhões para a W/Torre.
fonte: Toni Sciarretta – Folha de S. Paulo