Bem que o Santander tentou recorrer da decisão da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, levando a ação para o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mas o órgão acabou confirmando a decisão: pagamento de indenização por danos morais a uma ex-funcionária em decorrência de assaltos à agência em que trabalhava. O valor ainda não foi definido.
A bancária, funcionária Banco Sul Brasileiro – comprado posteriormente pelo banco espanhol – acionou a empresa pelo descumprimento às normas de segurança, mesmo depois de ter sido compelido, por meio de ação civil pública, a instalar equipamentos como porta giratória com detector de metais e câmeras.
Para a ex-funcionária, ficou claro o desprezo do estabelecimento com a segurança dos empregados. O descaso gerou, em 1998, dois assaltos na agência onde trabalhava. No primeiro, num fim de semana, os ladrões arrombaram o cofre com um maçarico e levaram aproximadamente R$ 14 mil.
O segundo foi mais grave e deixou seqüelas. Aconteceu no horário de expediente, quando os assaltantes entraram pela frente, sem porta de segurança, renderam o guarda e todos os funcionários. Durante cinco minutos, todos os empregados tiveram armas apontadas em sua direção, num clima descrito pela bancária como “de total tensão, pânico e desespero”. Com uma arma apontada para suas costas, foi forçada a ir até o cofre para abri-lo; desmaiou e ficou inconsciente por cerca de uma hora, necessitando de socorro médico.
Segundo seu depoimento, sua vida após o assalto não foi a mesma, porque as imagens daquele dia não mais lhe saíam da cabeça, e a insegurança tomou conta da sua rotina, gerando um grande abalo moral e psíquico, que a acomete até hoje.
Para a Justiça do Trabalho da 12ª Região (SC), ficou caracterizada a omissão culposa do banco pelo dano moral sofrido pela empregada, diante da inobservância das regras de segurança. Descontente, o banco entrou com recurso de revista para o TST, que manteve o entendimento do Regional e rejeitou o recurso.
fonte: Seeb SP com informações do TST
