Santander Banespa persegue diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru
No dia 3 de abril, o Santander Banespa desferiu ataque contra Marcos Silvestre, funcionário do banco e diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região. Por volta das 14 horas, o dirigente sindical foi comunicado de transferência de local de trabalho, da agência Bauru-Centro para o posto localizado na Ciesp, no Distrito Industrial. A medida visa cercear a atividade do diretor do sindicato.
De um local com cerca de 100 bancários, ele passa a atuar em um outro, com apenas um bancário. Além da pequena quantidade de bancários no posto da Ciesp, trata-se do ponto de atendimento do Banespa mais distante do centro da cidade. O centro de Bauru concentra o maior número de bancários. Assim, fica inviabilizada a atuação do diretor sindical no Santander Banespa, e, por conseqüência, prejudica a militância no conjunto da categoria bancária.
A atitude configura claramente em ataque político e, portanto, perseguição. Mas não é somente isso. Ao levar adiante a transferência, o banco fere o artigo 543 da CLT que, expressamente, veda essa prática. Esse artigo prescreve: “O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.”
Demissões – Há várias semanas, o Santander Banespa promove demissões, inclusive em Bauru e cidades próximas. Em decorrência das dispensas, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realiza diversas atividades de protesto. E o diretor Marcos Silvestre tem atuação destacada nesse movimento. Como está impedido de demitir Silvestre por determinação legal, o banco preferiu utilizar a tática de tentar isolar e calar o dirigente.
Em contato com a direção do banco para que revertesse a transferência, a resposta foi lacônica: que o sindicato procure o Judiciário. Aliás, para todos os problemas levados à direção do Santander, a resposta tem sido essa também. O banco espanhol Santander aposta na morosidade para obter sucesso em seus constantes desrespeitos à legislação brasileira.
Transferência de Silvestre é perseguição – Assim que foi anunciada a transferência de Marcos Silvestre, diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, para o posto da Ciesp, o departamento de recursos humanos do banco foi contatado. Alberto Camacho, do RH do Santander Banespa, informou que a transferência foi feita a pedido do gerente geral da agência Bauru-Centro, Marcos Aparício Cordeiro. E mais: que o banco não a cancelaria.
O pedido de Aparício é uma clara represália a Silvestre. Em janeiro, o gerente ofendeu pessoalmente o diretor do sindicato e cometeu o crime de injúria, capitulado pelo Código Penal. Com o apoio da diretoria do sindicato, Silvestre levou adiante a apuração do caso. Com certeza, Aparício decidiu persegui-lo a partir de então.
Além disso, devido à atuação destacada de Silvestre no combate às arbitrariedades do banco, a tentativa de isolar e calar o diretor do sindicato é evidente. A direção do Santander Banespa sabe que Silvestre é importante para organizar as lutas contra as demissões. Por isso, é melhor colocá-lo “na Sibéria”, longe de todos. Mas isso não ficará sem resposta.
O que diz a lei brasileira – CLT, art. 543: “O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.”
fonte: Sindicato dos Bancários de Bauru e Região