Santander Banespa insiste em estrangeiros
Há três meses o movimento sindical contesta a proposta do Santander Banespa de trazer mais 118 estrangeiros para trabalhar no Brasil. A batalha agora está no Ministério do Trabalho, em Brasília, onde uma reunião, no dia 23, definiu que estão suspensas as liberações de estrangeiros até que se esclareça que tipo de treinamento o banco pretende dar aos bancários brasileiros para que tenham acesso às tecnologias do projeto Altair.
O banco entregou, na semana do natal, cronograma desses cursos aos representantes sindicais que, com a ajuda de técnicos, avaliou que o programa não transferirá tecnologia aos brasileiros. “Os cursos não passam de palestras e além disso fica a critério do banco quem vai participar”, conta Luiz Campestrin, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Diante do impasse – o banco afirma que os cursos serão eficientes e o movimento sindical os considera insuficientes –, técnicos do Ministério do Trabalho irão verificar, de 5 a 9 de janeiro, quem tem razão e, com base nisso, tomar medidas cabíveis. Até lá, não haverá liberação de mão-de-obra estrangeira.
Os representantes sindicais denunciaram ao Ministério que a vinda dos estrangeiros causa a demissão de brasileiros. “No Santander podem ser mais de 500 demitidos em janeiro”, avisa Campestrin. “O lucro do setor não justifica demissões como as que vêm acontecendo na maior parte dos bancos.”
Por recomendação do secretário-adjunto do Ministério, o movimento sindical vai pedir audiência com a Coordenadoria de Trabalho e Emprego para discutir essas dispensas.
fonte: Folha Bancária