Santander Banespa: estrangeiros deixam abacaxi para brasileiros
Depois de falhas dos técnicos do exterior, bancários são chamados para “arrumar” o Projeto Altair
Eles vieram de longe para “ensinar” aos brasileiros como é que se faz. Na visão do Grupo Santander Banespa, a renovação tecnológica do banco dependia da competência de profissionais de fora. Contratados a peso de ouro, os estrangeiros chegaram com a missão de implantar o Projeto Altair, que alteraria toda a estrutura de informática do banco. Mas os “mestres” acabaram reprovados. E o novo sistema, mal instalado, tem mais problemas do que soluções.
O Altair emperrou em vários módulos. E o mais irônico: aqueles que antes não tinham capacidade – os trabalhadores brasileiros – é que agora estão sendo chamados para descascar o abacaxi. “Isso mostra que o sindicato tinha razão quando condenou a contratação de estrangeiros para a realização de um trabalho que poderia ser feito com mão-de-obra local”, lembra o dirigente sindical Luiz Campestrin.
Segundo ele, o Grupo Santander Banespa trouxe do exterior, principalmente da Espanha, mais de 400 profissionais, pagando salários que chegavam a US$ 6 mil (cerca de R$ 18 mil). Um bancário brasileiro com a mesma qualificação recebe por volta de R$ 5 mil. “Nossa capacidade ;e reconhecida internacionalmente, sobretudo na área de informática. Nada justifica o que foi feito”, acrescenta Campestrin.
fonte: Folha Bancária/Seeb SP