Santander Banespa está entre os mais denunciados em lista do BC
Banco figura entre as cinco instituições financeiras que mais receberam reclamações de clientes junto ao Banco Central durante o mês de fevereiro
O reflexo da falta de funcionários e das condições inadequadas de trabalho impostas aos bancários tem refletido negativamente também junto à clientela do Grupo Santander Banespa. No mês de fevereiro o banco ocupou a quarta posição do ranking de reclamações de clientes entre as instituições financeiras com mais de um milhão de clientes – perde apenas para ABN/Real, Banco do Brasil e Unibanco.
As diversas reclamações somadas ao título conquistado na campanha Bancos no Big Lucro, Mande o banqueiro ao paredão (que também contou com expressiva votação de clientes, além dos funcionários, estagiários e terceirizados) revelam que é necessária grande correção de rota por parte da direção do banco.
“Não é de hoje que apontamos ao banco os diversos problemas enfrentados pelos funcionários em seus locais de trabalho, onde a falta de bancários tem influenciado decisivamente no desempenho de todos. O sufoco é tão grande que respinga na clientela que tem, por exemplo, perdido muito tempo em filas de agências”, afirma o diretor do Sindicato Camilo Fernandes.
Contratações Já – Desde o início de março, o Sindicato vem pressionando a direção do Grupo Santander Banespa para contratar mais trabalhadores e suprir as necessidades de agências e departamentos.
De acordo com Camilo, o lucro do Grupo Santander Banespa em 2004 foi de R$ 1,750 bi, o quarto maior do sistema financeiro – perdendo apenas para o Itaú, R$ 3,776 bi; Bradesco, R$ 3,060; e Banco do Brasil, R$ 3.024 bi. “Mesmo em condições das mais adversas, os funcionários conseguiram se superar e foram os principais responsáveis por esse desempenho. Agora, a contratação de mais pessoas é imprescindível para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes”, afirma.
Para o dirigente sindical também é imprescindível que, além de contratar mais, o banco regularize a situação de milhares de estagiários e terceirizados. “Essa situação já foi constatada até mesmo pela Delegacia Regional do Trabalho e é inadmissível que o banco, com tamanho lucro, protele a regularização dessas pessoas”, acrescenta Camilo.
fonte: Folha Bancária – Seeb SP