Retomada a luta para corrigir a tabela do Imposto de Renda
Metalúrgicos e bancários se mobilizarão para que distorções do imposto de renda descontado no salário sejam corrigidas
Os sindicatos dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e dos Metalúrgicos do ABC preparam nova ofensiva sobre o Congresso e o governo federal para que a tabela de cálculo do imposto de renda retido na fonte seja reajustada. No final do ano passado, a equipe econômica do governo cometeu grande equívoco ao manter a tabela congelada. “O reajuste é fundamental para que recursos permaneçam no bolso dos assalariados e melhorem sua capacidade de consumo ou poupança”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Sem a correção muita gente tem parte do reajuste salarial conquistado no ano passado corroído – ou por sair da faixa de isenção ou por passar a ter imposto maior retido na fonte. “O governo comete um equívoco ao tentar ampliar suas receitas tirando recursos dos trabalhadores e, conseqüentemente, da economia”, diz o secretário-geral dos metalúrgicos do ABC, Tarcísio Secoli.
A campanha prevê manifestações na unidade da Receita Federal em São Paulo, pressões no Congresso e intervenções junto ao Ministério da Fazenda e à Presidência da República. Entre 1996 e 2003, as alíquotas de incidência do imposto só tiveram reajuste de 17,5% (depois de muita batalha, em 2002), contra inflação superior a 50% no período.
Na avaliação dos sindicatos, a correção da tabela não precisa esperar até o final do ano fiscal para ser implementada. “Redução de imposto pode ser implementada de imediato. É preciso mobilizar a sociedade e despertar a vontade política do governo”, diz Luiz Claúdio.
fonte: Fetec/CUT-SP