Qualidade de Vida: Palestra mostra que a musicoterapia pode ajudar no enfrentamento de doenças
Quando você pensa em musicoterapia, pensa em melodias relaxantes e trilhas suaves, certo? Pois a palestra do Qualidade de Vida de maio mostrou que a prática vai muito além disso. No último dia 30, a musicista Viviane Barbosa de Magalhães, a Vivi da Viola, compartilhou um pouco de seu conhecimento com os colegas – que compareceram ao auditório da Afubesp em peso, apesar da semana conturbada com as greves que afetaram o cotidiano do país.
O tema instigou tanto a atenção dos associados que o casal Maria de Lourdes e Oscar Kohl Filho veio do ABC paulista para prestigiar a palestra e o Qualidade de Vida pela primeira vez. Já aos 93 anos de idade, Dona Odete – por gostar muito do assunto – também não pensou duas vezes em aprender mais.
A musicoterapia tem uma capacidade não-verbal. Ou, como a especialista convidada definiu, são fotografias do inconsciente trabalhadas não só com música, mas com sons e vibrações. “Cada área do cérebro tem sua função e, por meio de estudos, é possível dizer que a música tem impacto na neuroplasticidade do cérebro, quando sujeito à experiência”, explicou. Por isso, a musicoterapia é trabalhada em hospitais e aplicada, inclusive, em pacientes em coma.
Apesar de existirem relatos de experiências mais antigas, a prática teve seu ápice em estudos na Segunda Guerra Mundial, com o uso de sons na cura de soldados feridos. A terapia estabelece canais de comunicação com o paciente, e ajuda no enfrentamento da ansiedade, dores e outras doenças. Lembrando, claro, que deve ser feita com um profissional graduado ou pós-graduado.
Musicoterapia interativa e receptiva
Na palestra, foram propostas dinâmicas entre o grupo para demonstrar as formas que podem ser trabalhadas. Pouco a pouco, os presentes foram perdendo a timidez quando convidados a tocarem instrumentos no meio da roda formada. A proposta era que cada um tocasse do jeito que quisessem ou conseguissem, sem interferências da profissional, e aos poucos montarem um ritmo no coletivo – se harmonizando entre si. Cada um que participou experimentou uma sensação diferente, trocando com os demais. Segundo Vivi, esta é a musicoterapia interativa.
Já para demonstrar a musicoterapia receptiva, os colegas fecharam os olhos, como numa meditação guiada ao som de música erudita. Esta é uma experiência mais profunda em que o paciente é estimulado a visitar situações e sensações.
Outra forma é a utilização de frequências sonoras e vibrações com os sons produzidos em tigelas tibetanas. O som de cada tigela depende de seu tamanho e da liga de metais de sua composição. Numa tigela de 12 metais, por exemplo, o som é tão potente que não é perceptível aos ouvidos – porém, tem forte vibração. Todos estes métodos são aplicados de acordo com a necessidade do paciente.
Para conhecer mais, entre em contato com a Viviane pelo Facebook.
Confira as fotos da palestra:
Afubesp
Fotos: Jailton Garcia