Pressão: Bancários mobilizados em todo o país

“As paralisações e passeatas que foram realizadas nesta quarta-feira mostram que os bancários estão mobilizados e prontos para intensificar a campanha caso os banqueiros não apresentem uma proposta decente. Já estamos na reta final das negociações e até agora os bancos não se manifestaram”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

O dirigente destaca que os bancários devem realizar mais atividades nesta quinta-feira, quando o Comando Nacional e a Fenaban reúnem-se para o último bloco de negociações agendado.

Mobilização em todo o Brasil

A quarta-feira foi de manifestações em todo o Brasil. Em São Paulo, centenas de bancários tomaram as ruas do centro para a primeira passeata dos paulistanos nesta Campanha Nacional. Ao som da bateria da escola de samba Tom Maior e do jingle da campanha, os trabalhadores saíram da praça Antônio Prado colorida e com atrações circenses. Faixas, bandeiras e cartazes mostravam as reivindicações. Os bancários do ABC engrossaram a passeata na capital. Antes, os trabalhadores de Mauá participaram de mais uma atividade na Praça XXII de Novembro, região central da cidade. Eles atrasaram por uma hora a abertura das agências localizadas na avenida Barão de Mauá e adjacências. No interior, os bancários de Catanduva um manifesto nas agências centrais da cidade, com carro de som, distribuição de materiais alusivos e com repentistas que visitaram todas as agências. Em Campinas, bancários de 12 agências instaladas no centro, sob a coordenação do sindicato da categoria, paralisaram os serviços durante uma hora.

Em Brasília, os bancários aprovaram estado de greve, com a realização de nova assembléia para o próximo dia 27 e de uma série de paralisações parciais ao longo desta semana e na próxima segunda-feira. Os bancários também aprovaram duas moções de repúdio, uma contra a direção da Caixa Econômica Federal pela edição da Circular Interna 030, que visa punir os bancários que participarem de uma eventual greve, e outra contra o vice-presidente do Banco do Brasil, Luis Oswaldo, que em mensagem sobre a campanha salarial divulgada na sexta-feira, via LIC, faz ameaças veladas ao funcionalismo.

No Rio de Janeiro foram paralisadas setenta agências bancárias e três financeiras no centro da capital. Cerca de 3.000 bancários cruzaram os braços até meio-dia. Em Niterói, o Sindicato dos Bancários fez uma manifestação, com retardamento da abertura em uma hora de todas as agências bancárias dos municípios de Rio Bonito, Tanguá, Casimiro de Abreu e Silva Jardim. A manifestação contou também com distribuição de carta aberta a população, carro de som e banda. Em Campos dos Goytacazes, os bancários aprovaram por unanimidade a decretação do estado de greve. A diretoria novamente visitou todas as agências dos bancos privados da base, distribuindo edição especial do “Correio Bancário”. Foi efetuada, ainda, uma atividade específica cobrando a preservação do emprego em frente ao Santander, que está adquirindo o ABN/Real. Novas manifestações ocorrem nesta quinta.

Em Curitiba, cerca de trezentos bancários aprovaram, em assembléia, o estado de greve e a intensificação das paralisações. Os bancários da capital paranaense já promoveram uma dezena de atos em 45 agências e quatro sedes administrativas. Em menos de um mês de campanha, mais da metade dos bancários de Curitiba já estiveram envolvidos em algum ato realizado pelo Sindicato. Nesta quarta, os bancários paralisaram três centros administrativos importantes de Curitiba até o meio dia. As paralisações no HSBC Palácio Avenida, Banco do Brasil da praça Tiradentes e na Caixa Econômica Federal da praça Carlos Gomes envolveram mais de três mil funcionários.

A passeata dos bancários pelo centro de Porto Alegre tornou-se uma tradição ao longo das últimas campanhas salariais. Bancários de todo o Estado juntam-se aos colegas da capital numa grande manifestação. A atividade começou às 17h, com concentração na Praça da Alfândega. Em seguida, os trabalhadores percorreram as ruas Caldas Júnior, Siqueira Campos, General Câmara, Sete de Setembro, Borges de Medeiros e chegam até a Esquina Democrática. No trajeto, foi distribuída uma carta aberta à população, alertando para os prejuízos que os clientes também sofrem com os bancos, seja na cobrança abusiva de tarifas, desrespeito à lei das filas e falta de segurança em agências e postos.

Nesta quarta-feira, os bancários de Belo Horizonte e Região paralisaram dezesseis agências e departamentos por duas horas. Em Uberaba, para marcar o dia de luta da categoria, diretores do Sindicato fizeram um “arrastão de mobilização” em várias agências bancárias da cidade, distribuindo panfletos e convocando os trabalhadores para uma reunião estratégica no Sindicato na noite da próxima quinta-feira. O “Arrastão” tem continuidade nesta quinta-feira. Um dia de protesto foi realizado também em Teófilo Otoni, com manifestação na agência do Bradesco, o­nde foram distribuídos jornal aos clientes denunciando a falta de segurança e o péssimo atendimento. Foi colhida centenas de assinaturas nos abaixo-assinados pelas ruas e na porta do banco que contou com o apoio do carro de som esclarecendo as pessoas sobre o ato. Em Juiz de Fora, a palavra de ordem foi: “correios e bancários na luta por salários”. O grito dos manifestantes ecoou pelo Calçadão da rua Halfeld, no centro da cidade. A manifestação conjunta teve início às 11 horas da manhã com direito à apitasso, bandeiras, faixas, caixa de som e distribuição gratuita de pipoca.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza atos de mobilização em 10 agências bancárias no Centro do Recife, nesta quinta-feira, 20. As atividades começam às 10 horas pelo Santander da Rua do Imperador e se encerram no Citi da Marquês de Olinda, no Recife Antigo. À noite, 19 horas, tem assembléia no Sindicato, para discutir o resultado das negociações ocorridas até agora, e definir os passos futuros da campanha.

A campanha dos bancários em Alagoas ganhou mais ritmo e força nesta quarta-feira com a caminhada da categoria pelo centro de Maceió. A atividade, que reuniu dezenas de pessoas e teve a participação dos movimentos sociais, serviu não apenas para intensificar a mobilização e elevar o ânimo nas agências, mas para difundir a luta e as reivindicações dos trabalhadores do ramo financeiro, ampliando o apoio da população. A caminhada pelo centro de Maceió teve ampla repercussão nos órgãos da imprensa.

Em Teresina, Piauí, dirigentes sindicais fizeram pela manhã uma manifestações em frente às agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, BNB, HSBC e encerraram no Bradesco, todos no c
credito: 1

fonte: Contraf-CUT, com sindicatos e federações