Porto Alegre rejeita provocação da Fenaban e decide fortalecer a greve
Os bancários, reunidos em assembléia na terça-feira, dia 21, no Clube do Comércio, em Porto Alegre, votaram por unanimidade pela continuidade da greve, que será fortalecida nos bancos públicos e ampliada nos privados.
A decisão da assembléia foi a resposta da categoria à reunião ocorrida à tarde em São Paulo, entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Executiva Nacional dos Bancários. Os banqueiros não apresentaram nova proposta e disseram que só voltam a negociar com os bancários quando a mobilização tiver encerrado. Eles alegaram não ter possibilidade de fazer nova oferta, pois vai onerar ainda mais os bancos. Isso é provocação!
A greve cresceu na volta do feriadão na capital e no interior do Estado. Segundo avaliação da Federação dos Bancários do RS, o movimento já obtém a adesão de cerca de 70% da categoria em todo o RS. No país, as paralisações também aumentaram, atingindo 24 capitais, ampliando-se ainda com intensidade para o interior dos estados.
Os bancários querem reajuste de 25% (reposição da inflação e aumento real) e elevação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dentre outras reivindicações. A última oferta rejeitada da Fenaban previa um reajuste de 8,5%, acrescido de R$ 30 para quem recebe até R$ 1.500, e PLR de 80% do salário mais R$ 705.
Além da assembléia, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região realizou ontem uma vibrante passeata no centro da capital. Cerca de mil bancários levaram para as principais ruas as demandas da campanha salarial, cobrando a falta de responsabilidade social dos bancos e pedindo o apoio dos clientes e da população. A caminhada parou em frente ao Banco Central, onde houve uma manifestação pela redução das altas taxas de juros, que somente beneficiam os lucros dos banqueiros e prejudicam o crescimento econômico e o desenvolvimento.
fonte: Seeb PoA