PLR em pauta na Campanha Nacional dos Bancários
Na instrumentação de recursos humanos e na composição de política de remuneração estratégica, a maioria das empresas opta por dois programas de remuneração: um fixo e tradicional e outro variável com base na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), considerado por especialistas como viável, sustentável e de fácil entendimento por parte dos trabalhadores.
No caso dos bancários, depois de muita luta e mobilização da categoria, a PLR passou a integrar a Convenção Coletiva de Trabalho, em 1995. Desde a implementação, a formatação da PLR alcançou alguns avanços mediante muitas pressões. No entanto, ela ainda não é suficiente para garantir uma distribuição justa dos lucros do setor. Por isso, os bancários continuam brigando pela fatia que lhes cabe desse bolo.
Exemplo disso é o fato dela ser citada em todas as pesquisas de opinião e Conferências Regionais, realizadas pelos Sindicatos dos Bancários para definir a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2007.
A vice-presidente do Seeb Taubaté, Vera Saba, após tabular uma pesquisa de opinião pública, enfatiza que, dentre outros itens, os bancários querem uma PLR maior. “O bancário anda muito insatisfeito e desgostoso com a profissão porque é obrigado a conviver com números adversos – altos lucros dos bancos x baixos salários”, disse.
Já o presidente do Seeb Guarulhos, Luis Carlos dos Santos, ressalta que a campanha nacional é um processo de construção de ações estratégicas e as plenárias regionais são pilares de sustentação e fortalecimento dessas ações. Para ele, “a defesa da campanha unificada garantirá avanços em relação a PLR e outros temas de interesse da categoria”, enfatiza.
Nas rodadas de negociação deve ficar claro, portanto, que a PLR tem como objetivo principal atender às necessidades imediatas e futuras dos trabalhadores, em termos de remunerar empenho, esforço e dedicação coletiva. O sucesso da PLR, no movimento sindical do ramo financeiro, dependerá dos Bancos reconhecerem a contribuição dos bancários no crescimento das instituições.
fonte: Michele Amorim – Fetec/CUT-SP