Pesquisa quer saber situação de bancários com deficiência
A Contraf-CUT deu início a pesquisa para obter informações sobre a situação dos trabalhadores com deficiência na categoria. Os sindicatos vão distribuir formulários com o objetivo de organizar e conhecer melhor as necessidades e condições de trabalho destes trabalhadores. Segundo a secretária de Políticas Sociais da Contraf, Arlene Montanari, a lei 8.213/91 determina contratações de pessoas com deficiência em percentuais que vão de 2% a 5% do total de empregados na empresa, mas só recentemente os bancos começaram empregar mais. É necessário, porém, saber em que condições estes bancários estão desempenhando suas funções.
“Em reuniões realizadas em São Paulo já pudemos constatar uma série de irregularidades”, afirma Arlene. Ela aponta que a maioria dos trabalhadores com deficiência é contratada para ocupar os cargos mais baixos e as condições de trabalho são péssimas, além de não haver preocupação com as limitações que cada deficiência impõe ou uso de equipamentos adequados. Após preenchimento dos formulários a pesquisa será encaminhada à Contraf, que fará a totalização.
Para o bancário Isaias Dias, deficiente físico e diretor da Afubesp e Fetec, falta consciência e responsabilidade social. “Muitos contratam trabalhadores com deficiência simplesmente para cumprir a lei de cotas. Não oferecem ajuda técnica, como a adequação de equipamentos de acordo com a deficiência”, aponta. Justamente por isso, lembra o diretor do Sindicato Belmiro Moreira, “é muito importante que todos participem do estudo, pois defendemos a inclusão da pessoa com deficiência e boas condições de trabalho para todos”.
fonte: Contraf