Pelos menos 777 agências bancárias ficaram fechadas por causa da greve
Em balanço final, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estima que pelo menos 777 agências fecharam em sua base na quarta-feira, 4, por falta de seguranças, em razão da greve dos vigilantes.
Preocupado com a segurança dos trabalhadores e da população, a entidade sindical estuda medidas jurídicas para que as agências sem vigilantes sejam fechadas. “Estamos registrando boletins de ocorrência com o descumprimento da lei e arquivando fotos de estabelecimentos bancários operando sem segurança, para cobrar medidas judiciais contra os bancos que não estão cumprindo a determinação de só abrir ao público com no mínimo dois vigilantes em serviço. Os bancos serão responsabilizados por eventuais danos”, disse o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Em assembléia, os vigilantes decidiram manter a greve nesta quinta, dia 5. “Os bancos que já arriscaram demais a vida dos trabalhadores e dos clientes, devem cumprir a lei e manter as agências sem seguranças fechadas. Vemos com muita preocupação bancários sendo obrigados pelos bancos a fazerem triagem em frente às portas de seguranças das agências e clientes utilizando o serviço dos bancos sem as mínimas condições de segurança”, ressaltou Marcolino.
Na terça-feira, 3, o Sindicato encaminhou carta aos responsáveis pela Polícia Federal de São Paulo, solicitando fiscalização efetiva das agências bancárias e para que tomassem as providências cabíveis pelo descumprimento da legislação e fechamento das agências. A direção da Polícia Federal respondeu que está autuando os bancos e responsabilizando criminalmente os gerentes que assinam os planos de segurança das agências.
Os bancos que abrem sem vigilantes, além de desrespeitarem a Lei Federal 7.102/88, estão colocando em risco a vida de bancários e clientes.
fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP