PARALISAÇÃO DE BANCÁRIOS AGITA CENTRO DE SÃO PAULO
Bancários das ruas Boa Vista e XV de Novembro, coração financeiro da centro paulistano, paralisaram as atividades hoje de manhã, em protesto contra a intransigência da Fenaban nas negociações. A atividade faz parte de um conjunto de manifestações programadas para “quebrar o gelo” dos banqueiros.
Apesar da alta lucratividade dos bancos no último período, as negociações salariais estão emperradas. Os banqueiros insistem em atacar direitos históricos dos bancários como o anuênio, numa postura arrogante de desvalorização do trabalho da categoria.
Os bancários reivindicam 9,21% de reposição da inflação do período; 19,9% de aumento real/produtividade; Participação nos Lucros e Resultados de 25% do lucro bruto, além de garantia de emprego, auxílio educacional, convênio médico gratuito. Os banqueiros até agora propuseram 5% de reajuste, PLR de 80% do salário + R$400, 00, zero de produtividade, nada de garantia de emprego, nada de auxílio-educação nem de convênio médico gratuito e, de quebra, um ataque ao anuênio.
Edifício-sede também parou. O protesto dos bancários levou os banespianos do edifício-sede e da Central a realizarem hoje sua manifestação contra a privatização e pela renovação do acordo coletivo. A exemplo das centenas de unidades que protestaram ontem, o pessoal da Central e edifício-sede fez bonito: todo mundo parado, para mostrar aos interventores que a dignidade do funcionalismo não está à venda.
Outras categorias. A partir das 12 horas, estava programada uma manifestação conjunta dos trabalhadores que têm data-base neste semestre, em frente à sede da CUT em São Paulo. As centrais sindicais CUT e Força Sindical têm programado ações unificadas para fortalecer as campanhas salariais dessas categorias.
fonte: AFUBESP