O papel dos investimentos nos fundos de pensão
Você acompanha os resultados dos investimentos do seu Plano de Benefícios?
Do ponto de vista do “mercado” a única coisa que interessa nos Fundos de Pensão é o volume de recursos que administram. Como consequência, as áreas de investimento nas entidades fechadas de previdência complementar são as mais assediadas e envoltas em maior glamour. Parece ser a área mais importante da Entidade, dada a atenção a ela dispensada pelos Bancos e Gestoras de Recursos. A operação “encante seu cliente” está sempre ativa.
É preciso entender exatamente seu papel para evitar essas distorções tão oportunas para o chamado mercado. Não há dúvidas de que os investimentos dentro dos Fundos de Pensão são muito importantes, mas, a gestão dos recursos é atividade meio.
A atividade fim, ou seja, o objetivo maior dos Fundos de Pensão é pagar benefícios. Os investimentos funcionam como parte do processo para viabilizar tais pagamentos. É verdade que é uma atividade particularmente relevante.
Explicando melhor, nós, participantes dos Fundos de Pensão, bem como nossas Patrocinadoras, fazemos contribuições mensais com o objetivo de, quando da aposentadoria ou, quando determinada idade seja alcançada, tenhamos um benefício vitalício ou por tempo certo (dependendo das características do Plano e das opções individuais).
Vamos supor que a contribuição mensal de um determinado participante seja R$100,00 e a Patrocinadora contribua com o mesmo valor. Vamos supor ainda que este mesmo participante contribua por 35 anos (dos 20 aos 55 anos) e a patrocinadora também. Neste exemplo estamos na fase de acumulação, quando não há ainda pagamento de benefícios.
Uma conta simples de mera multiplicação indica que ao final deste tempo, a reserva deste participante seria (R$ 100,00 x 13 x 35) x 2 = R$ 91.000,00. Esta conta tem como pressuposto que o dinheiro arrecadado ficaria guardado no colchão e não teria remuneração no tempo, ou seja, este dinheiro não seria investido.
Agora vamos supor esta mesma situação, porém considerando que este mesmo valor fosse investido em algum segmento que lhe desse retorno de 5% ao ano. Títulos do Tesouro Nacional por exemplo.
Então, no primeiro ano teríamos o seguinte: [(R$100,00 x 13) x 2] = R$ 2.600,00. Já no segundo ano seriam os (R$ 2.600,00 x1,05) = R$ 2.730,00 referentes ao primeiro ano corrigidos pela taxa de juros de 5%, somados aos R$ 2.600,00 acumulados durante o segundo ano, o que resultaria em R$ 5.330,00 e assim sucessivamente, chegando ao final dos 35 anos com R$ 234.832,80.
Ou seja, mesmo considerando hipoteticamente um valor fixo de contribuições durante os 35 anos, os investimentos garantiram que o dinheiro se multiplicasse por mais de duas vezes e meia o valor original.
Então quando o atuário faz o cálculo ao final do ano para definir o custeio do ano seguinte, e o equilíbrio do plano, ele considera que os recursos vão ser remunerados a uma determinada taxa de juros que no nosso caso é a Meta atuarial (planos BD) ou Meta de Referência (planos CD).
Desta forma a Meta Atuarial ou a Meta de Referência é a rentabilidade mínima que os investimentos devem retornar para fazer frente aos benefícios a serem pagos no futuro. Normalmente este indicador é uma composição de juros mais índice de inflação. Por exemplo: 5% de juros mais INPC. Para o cálculo acima apenas os juros foram considerados.
Importante destacar também a relevância dos investimentos dos Fundos de Pensão para além dos compromissos previdenciários. Considerando-se todas as Entidades Fechadas de Previdência Complementar, das quais o Banesprev faz parte, o volume total dos investimentos ultrapassa, atualmente, o montante de um trilhão de reais.
É evidente que, observados primordialmente os riscos, a rentabilidade e as necessidades de cada plano de benefícios, pois, os investimentos devem ser realizados sempre em função das características dos benefícios a serem pagos, esses recursos têm uma importância enorme para a economia brasileira, podendo impulsionar vários segmentos econômicos que elevem o Brasil a um grau de maior desenvolvimento e civilidade.
Como vimos acima, os resultados dos investimentos são determinantes para a composição de nossas reservas e, como dizem por aí, “é o olho do dono que engorda o gado”.
Você acompanha os resultados dos investimentos do seu Plano de Benefícios?
Todos os meses o Banesprev disponibiliza em seu site os resultados dos investimentos de cada um dos planos de benefícios. Estando na página do Banesprev, o caminho a seguir é: Prestação de contas, investimentos e o plano que deseja consultar. Clique aqui para ir para o Plano II
É de fundamental importância que cada um de nós acompanhe esses investimentos e seus resultados, principalmente em tempos tão complicados como o que vivemos.