Nova proposta da Fenaban mostra acerto da estratégia
Com a formulação de nova proposta salarial pela Fenaban, na noite de segunda-feira (10), bancários de várias bases sindicais deliberaram, em assembléias nesta manhã, pela suspensão da greve.
Na base da FETEC/CUT-SP essa decisão ocorreu em Assis, Bragança Paulista, Jundiaí, Limeira e Presidente Prudente, sendo que nestas três últimas com aprovação da proposta. Em Barretos e Catanduva, os bancários mantiveram-se, nesta terça-feira, em estado de greve com novas assembléias agendadas para avaliação do quadro nacional de greve.
Nos Seebs Araraquara e Taubaté, a nova proposta foi rejeitada, mas os sindicatos também realizam novas assembléias para apreciação do quadro nacional. As demais bases da FETEC SP que se mantiveram em greve, nesta terça, realizam assembléias logo mais à noite para apreciação da referida proposta.
Caminho certo – Na avaliação da FETEC SP, os novos parâmetros oficializados pela Fenaban demonstram que os bancários estão no caminho certo, projetado há dois anos, de fazer a inversão da curva salarial e agregar aumento real de salário. “Até 2003, o reajuste salarial dos bancários nos bancos privados acompanhou a seguinte equação: índice + abono = inflação. A nova proposta da Fenaban, assim como em 2004, além de repor a inflação engloba percentual de aumento real”, destaca o presidente da FETEC/CUT-SP, Sebastião Geraldo Cardozo, o Tião.
O dirigente explica que, embora o percentual pareça pequeno, se confrontado com a inflação do período, de 4,8%, ele cresce em dimensão. Por outro lado, o presidente da FETEC SP reconhece que a nova formulação da PLR ainda não é do tamanho esperado. “A Fenaban sabe do anseio do bancário, de receber algum montante em espécie. Por isso, em vez de melhorar significativamente a PLR, colocou o abono em mesa de negociação, assumindo postura irredutível contrária a qualquer outro avanço com relação à questão”, explica Cardozo, que também lamenta a expectativa frustrada frente à 13ª cesta alimentação.
Apesar disso, o dirigente garante que a nova proposta da Fenaban trouxe avanços significativos. “Se avaliada em seu conjunto, a proposta atende aos nossos objetivos, embora de maneira um pouco diferenciada. Além disso, demonstra que a nossa estratégia é acertada e que nós demos mais um passo rumo ao Contrato Coletivo de Trabalho”, ressalta Cardozo ao valorizar a decisão das direções da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, de serem signatárias do acordo a ser formulado com a Fenaban.
“Essa é a grande vitória, apesar de dois segmentos minoritários do movimento sindical bancário se posicionaram contrários à campanha unificada dos bancários, chegando a trabalhar pela fragmentação da categoria. Felizmente, esses dois segmentos estão sendo vencidos pela unidade dos bancários, a qual possibilita maiores dos avanços ao conjunto dos bancários, além das vantagens específicas que vêm sendo alcançadas pelo funcionalismo da Caixa e do BB”.
Conforme Tião, tal avaliação justifica a orientação do Comando Nacional dos Bancários de aceitação da proposta pelas assembléias. “É evidente que a aprovação não inviabiliza a continuidade da luta por melhores salários e condições dignas de trabalho, muito menos a briga por novas conquistas e pela distribuição mais justa dos lucros do setor”.
fonte: Fetec SP