Negociação do contrato aditivo no Santander Banespa
Veja o que aconteceu na segunda rodada de negociação, realizada segunda-feira, entre o banco e a COE (Comissão de Organização dos Empregados)
A avaliação dos dirigentes sindicais sobre a segunda negociação realizada na segunda-feira, 26, entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e o Santander Banespa é que a mobilização precisa ser forte para arrancar do banco as reivindicações específicas que constam da pauta aprovada no 20º Congresso dos Trabalhadores do grupo.
Isto por que o banco afirmou que é difícil manter um acordo aditivo à Convenção Coletiva da Fenaban. Sinalizou, entretanto, que é possível continuar conversando sobre alguns pontos. Já outros, como as cláusulas de pré-aposentadoria (estabilidade e liberação remunerada, conhecida como pijama) e incorporação de abono aos aposentados, a empresa avaliou como extremamente improváveis.
Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa, é fundamental a mobilização dos bancários para avançar nas conquistas. “Temos que mostrar ao banco que estamos conscientes dos nossos direitos e que queremos que eles sejam respeitados”, afirma.
Difícil? – A diretora do Sindicato também diz que não é impossível para o Santander Banespa aceitar as reivindicações, mesmo que as julguem difíceis. Como exemplo, cita a cláusula de estabilidade pré-aposentadoria. “Ela está no acordo específico do Banespa desde 1985. E o período de transição do banco ainda não foi concluído. Uma prova disso é que o Santander Banespa unificou as bandeiras somente no final de agosto de 2006”, afirma Rita.
Estagiários – O banco confirmou na mesa que atenderá à reivindicação de igualdade de direitos para os estagiários, independentemente da empresa que originou a contratação, incorporando a todos, por exemplo, assistência médica ou vale-alimentação. Já a partir de setembro, o banco irá atender ao pedido dos bancários. “Isso ainda é pouco. É só uma pequena vitória.”
PCS – Outra reivindicação dos trabalhadores é a criação de um plano de cargos e salários para corrigir as graves distorções entre funcionários que desempenham a mesma função. O banco informou que já estuda a criação de um plano de cargos e faixas salariais e que isso deverá estar implementado em janeiro do ano que vem.
Banesprev e Cabesp – Os representantes do banco ainda não têm qualquer posição em relação aos termos de compromisso da Cabesp e do Banesprev. Os dirigentes sindicais deixaram claro que essas entidades são imprescindíveis aos trabalhadores e que na próxima negociação é esperado posicionamento da direção do Santander Banespa que atenda aos anseios dos trabalhadores.
Antecipação da PLR – Os bancários também pediram ao Santander Banespa que antecipe a primeira parcela da PLR e da PPR, exemplo que poderia ser seguido, já que outros bancos como o ABN Real e o Unibanco já fizeram. Na próxima quarta, o banco irá dar retorno ao pedido.
Prorrogação – No mesmo dia, o Santander Banespa também irá informar aos trabalhadores se aceita ou não a prorrogação do acordo com os funcionários durante as discussões destas cláusulas. “Isso é extremamente importante para dar tranqüilidade aos trabalhadores.”
O secretário-geral da Afubesp, Marcos Benedito, reafirma que a conquista de um contrato aditivo com o Santander Banespa será um passo importante para a unificação dos contratos. “Nossa minuta de reivindicações prevê a isonomia de direitos entre todos os trabalhadores, que agora fazem parte do mesmo banco.”
O dirigente lembra ainda que os índices e valores econômicos – reajuste salarial, valor da PLR, pisos da categoria etc – serão definidos na mesa da Fenaban. “Daí a importância dos trabalhadores do Santander Banespa participarem das atividades da campanha nacional da categoria bancária.”
fonte: Airton Goes – Afubesp, com informações do Seeb SP