Mulheres bancárias vão combater a discriminação
O Encontro Nacional das Mulheres Bancárias, realizado na última sexta-feira, dia 4, em São Paulo, abordou as lutas históricas relacionadas às questões de raça, gênero e orientação sexual, com ênfase na afirmação de políticas públicas que venham a reduzir os preconceitos.
Para o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas, os preconceitos são inerentes à sociedade, que só será modificada com a transformação de comportamento, a começar pela adoção de novas posturas pelo próprio movimento dos trabalhadores. Precisamos permear nosso dia-a-dia com solidariedade, tolerância e carinho. A ascensão das mulheres no movimento sindical traz valores diferentes dos homens e, principalmente, o respeito pela divergência de opinião e, acima de tudo, a compreensão, enfatizou.
Na VI Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, iniciada no dia seguinte, Vagner declarou total confiança no sucesso do evento, uma vez que o mesmo seria balizado pelo brilho e a força do Encontro Nacional das Mulheres Bancárias.
A coordenadora da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Denise Mota, destacou a importância da participação dos homens no debate sobre gênero. Disse ela: esta luta é de todos.
Denise enfatizou também o fato de as mulheres representarem 45% da categoria bancária e de estarem ampliando cada vez mais o seu espaço. Segundo ela, os homens ainda são melhor remunerados, mas nem sempre apresentam melhor qualificação. Os empregadores estão sabendo muito bem explorar as qualidades femininas dentro de um novo conceito para se gerenciar com qualidade e competência.
Orientação sexual – Os homossexuais foram lembrados e contemplados nas discussões ocorridas durante o Encontro Nacional das Mulheres Bancárias. Ao abordar o tema orientação sexual, a diretoria da CUT Nacional e bancária do Santander Banespa, Maria Isabel da Silva (Bel), trouxe a dura realidade dos homossexuais, que lutam para serem aceitos e respeitados pela sociedade. Segundo Bel, a cada hora um homossexual é violentado em nosso país, física e psicologicamente.
Para a secretária de Políticas Sociais da CNB/CUT, Neide Aparecida Fonseca, o importante é caminhar, por mais que sejam lentos os passos da luta contra a discriminação e o preconceito.
fonte: Fenae Net