Movimentos sociais vão denunciar golpismo e corrupção
Contra o golpismo e a corrupção, exigindo mudanças na política econômica e uma reforma política democrática, dirigentes dos movimentos sociais decidiram, em reunião realizada na manhã desta quarta-feira, dia 15, na sede da CUT, em São Paulo, mobilizar suas bases e voltar às ruas.
Lideranças da CUT, MST, UNE, UBES, MMM e de inúmeras entidades eclesiais, femininas e populares aprovaram lançar uma ampla mobilização nacional que acione uma “agenda positiva”, com a redução dos juros e do superávit primário e o aumento dos recursos para as áreas sociais, acelerando a geração de emprego e renda.
No entender das entidades, as “denúncias” lançadas pelo deputado Roberto Jefferson visam colocar o governo na defensiva, para melhor isolar e derrotar o projeto de mudanças para o qual foi eleito, sendo necessária uma forte unidade entre todos os setores para este enfrentamento.
Guerra
“Neste momento, a união e a mobilização são fundamentais, pois estamos numa verdadeira guerra”, declarou João Pedro Stédile, dirigente do MST, defendendo que as entidades somem força ao grande ato nacional convocado pela UNE para o dia 1º de julho, em Goiânia.
Conforme Stédile, é preciso ter claro que a elite golpista, em sintonia com o governo de Washington, vem instrumentalizando a mídia justamente para impedir a afirmação de projetos independentistas na América Latina. “O que está em jogo é a nossa soberania. Contra o Império do Norte, temos de respaldar ações por mudanças na política econômica”, acrescentou Stédile, ressaltando que só assim o governo conseguirá ter base para sustentar os ataques da mídia.
Manipulação
De acordo com o secretário nacional de Comunicação da CUT, Antonio Carlos Spis, “essa suspeição colocada por um elemento desqualificado como Jefferson vem sendo manipulada pela grande mídia para interferir no inconsciente coletivo, transformando uma mentira em verdade, e paralisando o país”.
Spis esclarece que os movimentos defendem “a apuração das denúncias, a investigação e punição dos culpados, mas não vão fazer o jogo da direita, que quer enfraquecer e tomar de assalto o governo, abrindo espaço para a privatização e a terceirização. Ou seja, para mais corrupção”.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, ressaltou que a Central estará presente junto às demais entidades, no dia 21 de junho, dando uma coletiva à imprensa na sede da CNBB, em Brasília, para divulgar os próximos passos do movimento.
fonte: CUT