Ministro Luiz Marinho quer negociar juros menores aos trabalhadores
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou no dia 1º de maio, antes do início da Missa do Trabalhador, em São Bernardo do Campo (SP), da qual participou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o ministério vai convocar as centrais sindicais e os bancos brasileiros para discutir as taxas de juros cobradas na modalidade de crédito consignado, particularmente as taxas que incidem em contratos com aposentados e pensionistas.
“Achamos que está na hora de fazer uma redução nas taxas que estão cobrando. Tem alguns bancos exagerando nessas taxas. É possível baixá-las”, disse o ministro. “Queremos fazer isso numa mesa de negociação”, acrescentou Marinho, afirmando que há instituições cobrando entre 4,5 % e 5% de juros nos empréstimos com desconto em folha de pagamento. “Se não houver acordo, tomaremos as medidas que possam ser tomadas”, ameaçou o ministro.
Presente às comemorações do Dia do Trabalho, Luiz Marinho afirmou ainda que o saldo positivo de emprego com carteira assinada pode chegar a 5 milhões até o final do ano. Segundo ele, até o momento, o saldo é de 3,752 milhões de vagas. “Se considerarmos o conjunto do mercado, são 8,5 milhões positivamente gerados no primeiro mandato do presidente Lula”, afirmou.
O ministro disse também que, ao assumir o governo, o presidente Lula comprometeu-se a constituir uma base sólida para as reformas trabalhista e sindical com as partes envolvidas e que, segundo ele, o compromisso foi cumprido pelo governo. “Só não conseguimos fazer andar no Congresso Nacional”, disse, referindo-se ao fato de as reformas ainda não terem sido implementadas.
Marinho destacou que o governo deu passos importantes para a consolidação das reformas e destacou as negociações referentes ao salário mínimo e o acordo de aposentados e pensionistas como extremamente importante. “Neste ano tivemos duas negociações históricas”, ressaltou.
O ministro do Trabalho acredita que para fazer andar as reformas trabalhista e sindical os pontos consensuais entre as partes envolvidas serão encaminhados, por meio de medida provisória ou projeto com urgência constitucional no próximo dia 8, após audiência do presidente Lula com as centrais sindicais. “O governo vai tentar implementar a reforma mesmo em ano eleitoral”, acrescentou.
fonte: Correio Brasiliense