O Brasil gasta, anualmente, 4% do PIB em tratamento médico relacionado a acidente de trabalho. Das doenças decorrentes do trabalho, 70% se referem às lesões por esforços repetitivos (LER) e aos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort).
O quadro das patologias no país, os métodos de prevenção, diagnóstico e direitos dos portadores foram debatidos na última semana em seminário na Delegacia Regional do Trabalho. As LER/Dort são causadas por movimentos repetitivos, má postura, tensões ou condições inadequadas de trabalho, que resultam em inflamações como tendinites e bursites.
Conforme o médico do trabalho e painelista do seminário André Miorelli, os sintomas se iniciam com cansaço e dor muscular constantes e evoluem para perda de força e agilidade, formigamento e redução da produtividade. “As conseqüencias das lesões causam estresse na pessoa dentro da sua família, do seu trabalho ou em suas atividades sociais”, destacou. Citou que as mulheres são mais suscetíveis devido a sua jornada de trabalhadora, dona-de-casa, mãe e esposa.
O principal tratamento para o alívio da dor é repouso e fisioterapia. O exercício que lesionou a pessoa deve ser excluído da rotina e substituído por outras alternativas.
Como prevenção, o médico sugere atividades físicas regulares, ginástica laboral com alongamento muscular, boa postura e, dentro do possível, mudar a rotina do trabalho, mantendo um fluxo de atividade sem pressão e com melhores condições no ambiente do emprego.
fonte: Jornal Correio do Povo
