JORNAL DE VOTUPORANGA DIVULGA MATÉRIA EM DEFESA DO BANESPA
Afubesp quer que
Banespa seja banco público
Banespianos fazem proposta para formação do Conselho do banco, com participação das cadeias produtivas do Estado
Esther Morado
Independentemente da ideologia partidária, é preciso que toda a sociedade paulista se mobilize contra a privatização do Banespa, um banco que tem R$ 14 bilhões em caixa, R$ 4,5 bilhões de patrimônio está saneado e tem preço no leilão, de apenas R$ 1,5 bilhão para a iniciativa privada e de R$ 7,5 bilhões para o governo paulista.
Esses foram os argumentos usados pelo vice-presidente da Afubesp (Associação dos Funcionários do Conglomerado Banespa e Cabesp), José Aparecido da Silva, conhecido comi Chocolate, para justificar a luta que dura cinco anos, contra a privatização do Banespa. Ele esteve na Câmara de Votuporanga anteontem a convite do presidente da casa, Mebde Meidão Slaiman Kanso (PPB), para falar sobre o assunto.
Ele lembrou que o Banespa está sendo usado para quitar a dívida pública e a luta é justamente por ser um banco diferente, ou seja, nem estatal muito menos privado, mas sim público. A intenção é tirar o Banespa da chamada ciranda financeira para que seja usado de forma coerente e produtiva.
A solução
Chocolate disse que os efeito da privatização serão sentidos em primeiro plano pelas 30 mil famílias que dependem do banco e depois, pela sociedade, que não terá mais segurança em relação aos serviços prestados, que estarão nas mãos da iniciativa privada. Ele explicou que, num banco estatal, é o governo que indica o 15 membros do Conselho Administrativo.
A nova proposta é fazer com que o governo passe indicar apenas 7 membros; os produtores rurais, 2; as micro e pequenas empresas, 2; Prefeituras, 2 e trabalhadores mais 2.
“Com um banco público será mais fácil decidir para onde direcionar os R$ 14 bilhões que o banco tem, aplicando recursos nas áreas prioritárias que venham atender as cadeias produtivas e social de forma mais justa, além de evitar o uso indevido do dinheiro pelos governos”, afirmou.
Consenso de Washington
Chocolate informou que privatização do Banespa é um ponto de honra diante das metas firmadas pelo governo FHC e o FMI (Fundo Monetário Internacional). “Se o banco não for privatizado nada mais será no Estado”. O vice da Afubesp explicou que, a consenso de Washington consiste no seguinte tema, segundo economistas do Banespa: “E isso que eu quero ou não tem privatização”. Para ele o socorro aos bancos Marka e FonteCindam não é nada, porque apenas provou que as maracutaias existem de fato.
fonte: AFUBESP