Grupo discute segurança em agências bancárias
O aumento de ataques a estabelecimentos bancários registrado em agosto no Rio Grande do Sul reascendeu as discussões em torno da responsabilidade pela segurança dos bancos, seus funcionários e seus clientes. Na sexta-feira, dia 10, gerentes de segurança de nove estabelecimentos bancários participaram de reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Segurança Bancária, da Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS).
No encontro, foram discutidas propostas do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre para aprimorar a segurança. Uma das reivindicações é de que sejam instaladas portas giratórias nos acessos às salas de auto-atendimento, conforme determina lei municipal.
“A questão da segurança deve ser tratada de forma solidária. Queremos que ocorra convergência de idéias para que se busque soluções”, explicou o major Carlos Adriano Klafke dos Santos, coordenador do grupo da SJS.
Na avaliação do presidente da Comissão de Segurança Bancária da Associação dos Bancos no RS, Jaci Meyer, que esteve na reunião, as instituições já investem para promover melhores condições de segurança.
“Existe uma preocupação dos banqueiros do país, que gastam R$ 2 bilhões ao ano em equipamentos, manutenção e treinamento. Os bancos investem em segurança sem esperar pela ação do Estado. Mas temos limitações. Nossa atividade fim é gerenciar numerários. Não temos poder de polícia”, destacou o presidente da comissão.
Conforme Meyer, alguns pontos da pauta de reivindicações do sindicato já são cumpridos integralmente pelas instituições. A pauta, segundo ele, será levada à análise dos bancos.
A atuação do grupo interinstitucional da SJS foi revitalizada em agosto, devido ao aumento de ataques marcados pela ousadia dos criminosos. De acordo com o major Klafke, entre outras ações, o grupo visa facilitar o trânsito de informações entre órgãos de segurança – polícias Civil, Militar e Federal – e os bancos para facilitar a identificação de suspeitos e criminosos que agem contra estabelecimentos bancários.
“Além da integração policial, queremos desenvolver a cultura da prevenção. Os bancários e vigilantes têm de estar aptos a notar o risco, a evitá-lo e a saber como acionar os órgãos de segurança. Se não for possível evitar o ataque, as pessoas têm de saber como agir para se preservar de danos físicos e psicológicos”, explicou o major.
Os serviços de inteligência das polícias e da SJS estão reunindo informações para verificar os motivos do aumento de assaltos em agosto. Uma das hipóteses é de que seja decorrente da ação de quadrilhas de fora do Estado.
fonte: Jornal Zero Hora