Grupo de Segurança Bancária do RS será retomado em maio
A Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS) vai retomar em maio as reuniões do Grupo Interinstitucional de Trabalho sobre Segurança Bancária, integrado por representantes dos bancos, bancários, vigilantes, Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal.
A garantia foi dada na quarta-feira, dia 19, pelo tenente-coronel Manoel Vicente Ilha Bragança, assessor especial do novo secretário da SJS, Omar Jacques Amorim, durante audiência concedida ao Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e à Federação dos Bancários do RS, nas dependências da SJS, no centro da capital.
Esse grupo, constituído em 2004, a partir de proposta apresentada pelos bancários, não se reúne desde o dia 13 de setembro do ano passado, enquanto a sensação de insegurança não pára de crescer entre bancários, vigilantes e clientes. Nos últimos dias 5, 6 e 7 ocorreram três assaltos a agências e postos em Porto Alegre, uma perigosa média de um roubo por dia.
Bragança afirmou que vai contatar as instituições financeiras e demais integrantes do grupo para retomar as reuniões, durante o mês de maio. Ele adiantou que é preciso integrar ações para melhorar as condições de segurança nos bancos.
O assessor especial citou que os bancos costumam abrir agências e postos de atendimento em função do interesse comercial, sem qualquer comunicação às polícias e, muitas vezes, alteram a rotina de bairros e comunidades, trazendo insegurança e motivando ações criminosas. “O intercâmbio é fundamental”, ressaltou. Ele também registrou a necessidade de corrigir a arquitetura das agências para inibir ataques de quadrilhas cada vez mais ousadas.
O diretor do SindBancários e da Federação dos Bancários do RS, Ademir Wiederkehr, e o diretor do SindBancários, Antonio Carlos Pirotti, reclamaram da nova onda de assaltos a bancos, o que aumentou o clima de medo e insegurança na categoria, além de trazer problemas de saúde. Um cliente morreu após ser baleado num roubo ao posto do Banrisul em Santa Lúcia do Piaí, no interior de Caxias do Sul.
Os dirigentes sindicais defenderam políticas públicas, mais policiais e viaturas nas ruas, bem como ações integradas entre as polícias. Eles cobraram mais investimentos dos bancos em medidas e equipamentos de segurança, como portas giratórias na porta de entrada das agências (antes do auto-atendimento), câmeras de video em todos os pontos de atendimento e fim da guarda da chave do cofre com tesoureiros e gerentes.
Fruto da luta dos bancários, alguns bancos já estão mudando procedimentos. A Caixa Econômica Federal está deslocando as portas giratórias para a fachada das agências, em Porto Alegre, adequando-se à lei municipal. O Banco do Brasil e o Banrisul iniciaram um projeto-piloto, colocando essa porta na entrada de duas agências na capital. Mas vários bancos, como Bradesco, Unibanco e Santander Banespa, continuam descumprindo a legislação e colocando em risco a vida de bancários, vigilantes e clientes.
fonte: SindBancários