Greve força Fenaban a apresentar nova proposta
Em negociação ocorrida na noite de segunda-feira, dia 10, em São Paulo, com o Comando Nacional dos Bancários, os representantes da Fenaban fizeram nova proposta econômica para a categoria, após 20 dias de silêncio e cinco dias de greve. O reajuste nos salários e demais benefícios seria elevado de 4% para 6%, com o pagamento de um abono único, que passaria de R$ 1.000 para R$ 1.700 a todos os bancários.
Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a regra seria de 80% do salário mais uma parte fixa de R$ 800, pagas em duas vezes, como nos anos anteriores. A diferença é que a parte fixa sofreria reajuste maior, passando de R$ 705 para R$ 800 (antes o percentual do salário era o mesmo, com mais R$ 733 fixos), uma evolução de 13,45%, com teto limite de R$ 5.310.
A Fenaban afirmou que o pagamento, tanto da PLR quanto do abono, deverá ser feito em 10 dias úteis após a assinatura da convenção coletiva.
Assembléia nesta terça
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região vai realizar uma assembléia na manhã desta terça-feira, dia 11, a partir das 9h, em frente ao prédio do Santander Cultural, na Rua Sete de Setembro, no centro da capital, para decidir pela aceitação ou rejeição da proposta.
“O fato de ter arrancado uma nova proposta da Fenaban é uma vitória da mobilização”, analisa o presidente do Sindicato, Juberlei Bacelo. “É bem verdade que, pelos seus lucros, os bancos teriam condições de atender as reivindicações da categoria”, ressaltou.
“Na assembléia, a categoria vai avaliar a proposta, bem como a sua força de pressão nesta campanha”, destacou Juberlei.
A greve dos funcionários de bancos privados começou na última quinta-feira, com crescentes paralisações no centro financeiro de Porto Alegre, além de várias agências nas principais concentrações de bancos, como nas Avenidas Farrapos e Assis Brasil, Bom Fim, Azenha e em Canoas.
Avaliação do Comando Nacional
A nova proposta da Fenaban foi avaliada pelo Comando Nacional. O diretor do Sindicato e da Federação dos Bancários do RS, Amaro Silva de Souza, que representa os gaúchos no Comando Nacional, destacou que “a negociação com os banqueiros chegou ao limite”.
Para ele, “a proposta avançou por conta da greve, aumentando 50% no índice de reajuste, 70% no abono único e 13,45% na parcela fixa da PLR”. Amaro salientou que “esse elenco de evoluções foi fruto do processo de mobilização e, por isso, a proposta é aceitável”.
fonte: Seeb PoA, com informações da CNB/CUT