Greve entra em seu vigésimo dia
Nesta segunda-feira, a categoria completa 20 dias de paralisação e realiza nova assembléia, às 16h, na quadra (rua Tabatingüera, 192, Sé).
Conforme o Sindicato dos Báncários de São Paulo, Osasco e Região havia informado em sua argumentação jurídica ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP), o pagamento dos benefícios dos aposentados aconteceu sem atropelos. Como vínhamos demonstrando, a greve em São Paulo, Osasco e região não é abusiva e não prejudica o atendimento à população, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
Na última sexta-feira, a paralisação continuou concentrada no Centro Velho da cidade e na região da avenida Paulista. Em Brasília, a radicalização dos banqueiros ficou mais uma vez evidente: eles informaram ao Tribunal Superior do Trabalho que mantêm a proposta já rejeitada pela categoria. Na segunda, os bancários permanecerão em greve. “Essa atitude dos banqueiros é mais uma provocação e um desrespeito à disposição que os bancários têm para negociar”, diz Marcolino.
O presidente da entidade pondera que um setor que teve crescimento superior aos 20% não pode dizer que não tem condições de agregar mais custos à proposta apresentada. O setor financeiro só tem somado bons resultados nos últimos dez anos. Os 11 maiores bancos do país lucravam R$ 1 bilhão em 1994 e em 2003 esse lucro já chegava à casa dos R$ 13 bilhões, informa o dirigente. Marcolino lembra que algumas instituições financeiras pagam toda sua folha de funcionários somente com o que arrecadam em tarifas cobradas dos clientes. Os bancários sabem disso e se recusaram a aceitar essa proposta apresentada há quase um mês. Querem receber uma parte do lucro astronômico dos banqueiros, que ajudam a construir, completa Marcolino.
fonte: Seeb SP