Greve cresce e banqueiros chamam negociações
O final de semana não apagou o ânimo dos bancários e a categoria aumentou o nível de mobilização nesta segunda-feira. Dezoito estados que já estavam em greve na sexta-feira ontem ampliaram o movimento, principalmente nos bancos privados e a expectativa é que outros seis estados reforcem a greve nesta terça-feira. Com o aquecimento da mobilização, a Fenaban foi obrigada a reabrir as negociações e agendou uma nova rodada para hoje, às 15h.
Na sexta-feira, a CNB/CUT havia enviado uma carta à Federação patronal convocando a volta às negociações. “A greve está forte e esperamos resolver o impasse com a reabertura das negociações”, disse Vagner Freitas, presidente da CNB. Ele destacou que a expectativa da categoria é que a greve cresça ainda mais nesta semana. “Além do aumento da mobilização nas cidades onde os bancários já estão em greve, novos locais devem aderir até o final do dia”, destacou.
Os novos Estados que podem aderir à greve ainda hoje são Alagoas, Piauí, Sergipe, Espírito Santo, Rondônia e Roraima, além de dezenas de cidades do interior.
Segundo estimativas dos sindicatos, no sexto dia de greve aproximadamente 200 mil bancários em todo o país pararam. Vagner Freitas destacou que “os sindicatos estão se empenhando para intensificar o movimento em todo o país”.
Negociações – Na rodada de negociações desta terça-feira, 21, bancários e banqueiros sentam novamente à mesa para discutir a partir da última proposta, que foi rejeitada pelos bancários. Ela previa um reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha salários até R$ 1.500 – o que implicaria em reajustes de até 12,77% e aumento real de 5,75%.
Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido era de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche. A proposta previa ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217.
fonte: Fábio Jammal Makhoul – CNB/CUT