Fiscalização da DRT detecta irregularidades no Santander Banespa
A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) constatou uma série de irregularidades praticadas pelo Banespa desde 1998. O pedido de fiscalização partiu do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que há três anos denunciava a extrapolação de jornada e marcação de ponto incorreta em várias agências, além do desrespeito a outros itens relativos ao contrato individual de trabalho.
A fiscalização da DRT, comandada pelo auditor fiscal Edmilson Pedro de Carvalho, verificou a existência de débito salarial. Ou seja, o banco deixou de pagar o que devia a seus trabalhadores, com a não incidência de horas extras habituais e de sobreaviso nos DSR’s (Descanso Semanal Remunerado, no período 1998/2003) e não incidência das horas extras de sobreaviso, horas extras normais e adicional noturno no 13º salário.
Neste último item, o período corresponde a 1998/2000, já que a partir de 2002 o Santander Banespa regularizou a situação, fazendo o pagamento existente da data da aquisição do banco para frente, num total de R$ 912.395,48. Mas, embora essa quitação tenha sido feita, há ainda uma dívida de R$ 4.026.962, relativa à incidência nos DSR´s, 13º salário e outras pendências, pois deixando de fazer corretamente o pagamento destas verbas a instituição também não recolheu o FGTS de maneira correta.
“O resultado saiu após auditoria de dois anos, um trabalho sério que detectou o desrespeito aos direitos do bancário”, destaca José Osmar Boldo, diretor do sindicato. “O banco deve assumir também o ônus, não só os lucros.”
Um novo encontro com representantes da instituição na DRT será realizado no dia 22 de janeiro, quando também deverão ser tratadas questões relativas aos estagiários.
Na sexta-feira, dia 12, outra fiscalização teve como alvo o Santander Banespa, pela não emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
fonte: Folha Bancária