Fenaban não quer dar reajuste aos bancários
Na quarta rodada de negociação realizada na tarde da última sexta-feira (15) os banqueiros deixaram claro seu intuito de não dar reajuste de salário aos bancários. O setor, que tem lucro médio de mais de 40% não quer aceitar pagar aumento real de salários aos seus funcionários. Os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – que passaram 16 dias sem negociar com os trabalhadores – tentaram, junto ao Comando Nacional dos Bancários, desmontar a reivindicação da categoria.
“Os banqueiros querem acabar com o aumento real e retirar tudo o que foi pago no ano passado. Em resumo, querem chegar a uma remuneração anual muito menor do que foi paga no último período e isso nós não vamos admitir”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800. Este ano, a categoria reivindica aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
A Fenaban marcou uma nova rodada de negociação para a terça-feira, dia 19, às 14h no Hotel Renaissance (Alameda Santos, 2.233). “Esse é o prazo final. Estamos demonstrando muita boa vontade, mas se não houver proposta vamos chamar assembléia e os bancários entrarão em greve”, avisa Marcolino. Em 2004 os trabalhadores permaneceram 30 dias em greve; em 2005 foram seis dias no mês de outubro. “Nos dois últimos anos foi na dureza da greve que arrancamos melhores propostas. Se tiver que se assim novamente, os bancários vão à luta. Só esperamos que a Fenaban não desrespeite os 16 anos de proposta construídas em negociação com os trabalhadores e caia na armadilha de recorrer à Justiça”, completa o presidente do Sindicato.
fonte: Seeb SP