EXECUTIVA QUER ÍNDICES DA FENABAN, MANUTENÇÃO
Zero de reajuste e corte de direitos
não dá pra engolir
A rodada de negociação de hoje foi breve, comparativamente às anteriores, a Dirhu apresentou proposta salarial, mas o essencial da postura do banco permanece: nada de cumprir a Fenaban, rebaixamento de cláusulas do Acordo Coletivo e nenhuma garantia de emprego.
O vice-presidente Cido Sério, que representou a Afubesp na mesa de negociação, afirma que esta é uma cilada para banespiano nenhum cair. “Mas as negociações continuam e o ato realizado hoje em frente ao prédio da Central foi um belíssima manifestação de dignidade dos banespianos, que mostrou a disposição do funcionalismo para defender seus interesses”, afirma.
Cido alerta para a proposta da direção do Banespa, que conta com o sufoco financeiro de todo mundo e a proximidade das festas de fim de ano para jogar um abono de R$ 900,00 na mão do funcionalismo, suprimir uma série de conquistas hoje asseguradas e, depois de deixar os banespianos sem direitos, lhes tirar também o emprego.
“Não podemos cair nesse engodo. É melhor continuarmos firmes nas negociações, assegurar nossos direitos, inclusive o repasse dos índices da Fenaban, e brigar pela garantia de emprego. Temos o exemplo dos bancos federais que não cumprem o acordo da Fenaban e seus funcionários estão há três anos sem nenhum reajuste salarial”, pondera.
Na opinião do dirigente, a ordem agora é aumentar a mobilização e a organização em cada local de trabalho, ganhar o apoio das comunidades para a luta em defesa do Banespa, para que os banespianos saiam vitoriosos nessa verdadeira guerra que estão travando contra a privatização do Banco e por um futuro digno para seus familiares.
Fique ligado:
Nesta quinta, 3, às 19h, os banespianos de São Paulo se reúnem em plenária no Auditório Azul do Sindicato.
Na sexta-feira, 4, das 9 às 14h, será realizada a marcha da CUT pela CPI das Privatizações Já! no Centro Velho de São Paulo e das 14 às 17h, na Avenida Paulista.
Sábado, 5, plenárias específicas sobre cipas, afastados, saúde, e conglomerado também no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Na próxima terça, 8, será a Assembléia Geral Extraordinária de acionistas do Banco.
Veja a ata da negociação de hoje:
ATA DE NEGOCIAÇÃO PARA RENOVAÇÃO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 1998/1999, REALIZADA NO DIA 02/12/98, ÀS 10:30 HORAS
Participantes:
Pelo Banco – Dr. Paulo Renato, Gil, Erich, Maria Eduarda e William.
Representantes da Executiva – Federação dos Bancários de SP/MS, Sindicatos e Federações e COREP: Erledes, Itamar, Borginho, Stela e Ernesto.
Representantes da Executiva – CNB/FETEC – CUT-SP, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Sindicatos e Federações Cutistas, AFUBESP, DIREP/COREP: Ana Érnica, Antônio Cortezani, Rita Berlofa, Cido Sério, Óliver, Vera Marchioni, Dra. Deborah e Alcinei.
Inicialmente os representantes dos funcionários questionaram o Banco quanto à renovação do Acordo Coletivo 97/98, cuja prorrogação venceu em 30.11.98.
A DIRHU informou que o Acordo Coletivo 97/98 está prorrogado até 31.12.98.
Em seguida, os representantes dos funcionários solicitaram que o Banco apresentasse sua proposta de reajuste para as Cláusulas Econômicas, lembrando que a categoria já acordou o índice de reajuste.
A DIRHU informou que, conceitualmente, não há o que se falar em reajuste, e que qualquer concessão será sobre a forma de abono.
Em seguida, apresentou a seguinte proposta:
R$ 900,00 de abono, que é extensivo, inclusive aos aposentados e conglomerado Banespa;
Manutenção das demais Cláusulas Econômicas que não terão reajuste, salvo o exame legal particular de cada uma delas;
Continuidade da discussão das Cláusulas restantes e pendências;
PLR – qualitativamente permanece, mas não há definição quanto ao percentual a ser distribuído e que a questão ainda permeia a esfera federal e depende de futuras decisões;
O pagamento será efetuado após a conclusão das negociações.
Os representantes dos funcionários se manifestam contrários à proposta apresentada pelo Banco para as Cláusulas Econômicas:
abono de R$ 900,00 com congelamento de salários e demais verbas de natureza salarial;
PLR sem definição de percentual e valores.
Reafirmam seu posicionamento quanto às reivindicações apresentadas e as condições necessárias para finalização do Acordo Coletivo específico dos funcionários do Banespa:
Para as Cláusulas Econômicas, o patamar mínimo deverá seguir os parâmetros da convenção coletiva dos Bancários, que são:
. 1,2% de reajuste sobre todas as verbas salariais;
. abono de R$ 700,00 para todos os funcionários da ativa/aposentados e conglomerado Banespa e Cabesp;
. PLR de 80% , acrescido de R$ 300,00 para todos os funcionários da ativa/aposentados e conglomerado Banespa e Cabesp;
Os representantes dos funcionários reafirmam também que o Banco continue vinculado à Fenaban e nunca deixou de cumprir as Cláusulas Econômicas acordadas com aquela entidade. Quanto ao reajuste, reafirmam que NÃO ABREM MÃO do percentual mínimo aplicado aos demais bancários;
Quanto às demais Cláusulas do Acordo Coletivo, os banespianos já deram inúmeras demonstrações, inclusive na data de hoje de que NÃO aceitam o rebaixamento de direitos e garantias conquistados ao longo de 13 anos de luta.
É condição fundamental a GARANTIA DE EMPREGO para todos os funcionários, inclusive conglomerado Banespa e Cabesp;
Por último os representantes dos funcionários solicitam o cumprimento do pagamento imediato dos R$ 700,00 a título de abono salarial, para todos os funcionários da ativa/aposentados e conglomerado Banespa e Cabesp.
A DIRHU reiterou que não há condições de se falar em reajuste, mas fará gestões junto à Diretoria para que o abono seja antecipado.
Quanto à reivindicação de garantia de emprego, a DIRHU informou que levará o pleito à Diretoria Executiva, devendo trazer uma posição relativa à discussão da manutenção de emprego na próxima reunião.
Quanto às Cláusulas pautadas para esta data, o Banco propôs:
CLÁUSULA 45ª – ABONO DE AUSÊNCIAS – CONGRESSO – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 46ª – ABONO DE FALTA PARA ESTUDANTE – MANUTENÇÃO
CLÁUSULA 47ª -AUSÊNCIAS ABONADAS–ADOTAR CLÁUSULA DA FENABAN
CLÁUSULA 48ª – ABONO DE ASSIDUIDADE – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 49ª – ABONO PARA NEGOCIAÇÃO – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 50ª – LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA DE FILHO –MANUTENÇÃO
CLÁUSULA 51ª – LICENÇA PRÊMIO – MANUTENÇÃO – com a seguinte redação:
“A licença prêmio em gozo, devida ao funcionário admitido até 31.08.98, poderá, a seu critério, ser parcelada em períodos de 15 (quinze) dias, que serão estabelecidos de comum acordo com a Administração local.
Parágrafo Primeiro – As licenças para tratamento de saúde não acarretarão a perda do tempo de serviço até então já contado para efeito de período aquisitivo do direito à licença prêmio, continuando-se a contagem após a cessação da licença e retorno do funcionário ao serviço.
Parágrafo Segundo – O Banco se obriga a manter e obedecer a Escala Anual de Gozo de Licença Prêmio.
Parágrafo Terceiro – O funcionário não está obrigado a gozar férias antes da licença prêmio, salvo se for ocorrer acúmulo daquelas.
Parágrafo Quarto – As faltas abonadas ou justificadas, exceto licença sem vencimentos, não se consideram interrupção de qüinqüênios para fins de aquisição de licença prêmio.”
CLÁUSULA 52ª – FÉRIAS PROPORCIONAIS – MANUTENÇÃO
CLÁUSULA 53ª – ESTABILIDADES PROVISÓRIAS – ADOTAR CLÁUSULA DA FENABAN
CLÁUSULA 54ª – ESTABILIDADE PROVISÓRIA A FUNCIONÁRIOS EM REGIME DE PRÉ-APOSENTADORIA– ADOTAR CLÁUSULA DA FENABAN
CLÁUSULA 55ª – ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA OS DIRIGENTES SINDICAIS – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 56ª – ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA OS MEMBROS DA CIPA – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 57ª – ESTABILIDADE PROVISÓRIA – AFUBESP E DIEESE – EXCLUSÃO
CLÁUSULA 58ª – ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA OS MEMBROS DO COREP –
fonte: AFUBESP