Em Porto Alegre, audiência pública discutirá onda de assaltos e seqüestros de bancários
Diante de mais dois assaltos com seqüestros de bancários no mesmo dia no Estado, envolvendo as agências do BB, em Soledade, e do Banrisul, em Palmeira das Missões, a Federação dos Bancários do RS, em nome dos sindicatos gaúchos, protocolou no dia 30 de dezembro um documento na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembléia Legislativa do RS, pedindo uma audiência pública para discutir a onda de assaltos e seqüestros de bancários.
“Queremos alertar a sociedade para a onda de violência que atinge a categoria, cobrar soluções do governo estadual e das instituições financeiras e denunciar o desrespeito de vários bancos à saúde das vítimas da violência”, justifica o diretor da Federação e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Ademir Wiederkehr. Ele ainda denunciou a demissão da gerente seqüestrada e feita refém com seus familiares por mais de dez horas, durante tentativa de assalto no final de agosto à agência Unisinos do Santander, em São Leopoldo.
Foram 19 ocorrências em dezembro com duas mortes de vigilantes
No mês de dezembro, o Sindicato registrou a ocorrência de 19 assaltos a bancos, financeiras, lotéricas e carros-forte no Estado, com a morte de dois vigilantes em Sapucaia do Sul, através de levantamento feito em notícias na imprensa da capital. Um bancário saiu ferido e outros estão traumatizados. “Esses dados revelam que o fim de ano foi assustador para os bancários, o que aumenta o medo e a sensação de insegurança”, analisa o dirigente sindical.
A solicitação foi entregue ao presidente da CCDH, deputado estadual Fabiano Pereira (PT). “Apesar do recesso do legislativo, vou propor a realização da audiência pública para a segunda quinzena de janeiro para discutir o assunto que não aflige somente os bancários, mas toda a sociedade gaúcha”, adiantou o parlamentar.
Para a audiência pública, os bancários propõem convites para a participação da Secretaria da Justiça e Segurança, Associação dos Bancos no RS, Banrisul, Santander, Federação dos Vigilantes do Rio Grande do Sul, Delegacia Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho. Para evitar seqüestros, os bancários querem a contratação de empresa especializada para a guarda do alarme e da chave da agência, o que hoje é feito por gerentes e tesoureiros na maioria das agências.
“Exigimos segurança, respeito ao emprego, atendimento à saúde e proteção da vida de bancários, vigilantes e clientes”, defendeu Ademir.
fonte: Seeb PoA